
"Estou vindo do vel�rio agora. O Gushiken foi um valor inestim�vel para todos do Partido doa Trabalhadores e para seus queridos familiares", afirmou ele. Suplicy, que esteve com Gushiken na semana passada, disse que ele estava feliz apesar de estar sofrendo e que estava regulando a quantidade de morfina que utilizava para reduzir as dores. "Ele era uma pessoa que estudou as diversas religi�es e filosofias", destacou o senador ao afirmar que tinha muito afinidade com Gushiken.
O ex-ministro Luiz Gushiken morreu na noite de ontem, 13, em S�o Paulo, aos 63 anos, em decorr�ncia de um c�ncer contra o qual lutava h� 12 anos. Ele estava internado no Hospital S�rio-Liban�s, na regi�o central. O vel�rio est� sendo realizado hoje, desde as 7 horas, no Cemit�rio do Redentor, na avenida Dr. Arnaldo, em S�o Paulo. O sepultamento est� marcado para as 16h no mesmo local.
Trajet�ria e esc�ndalo do mensal�o
Nascido na cidade de Osvaldo Cruz (SP) no dia 8 de maio de 1950, Luiz Gushiken cursou administra��o pela Funda��o Get�lio Vargas entre 1973 e 1979. Escritur�rio do antigo Banco do Estado de S�o Paulo (Banespa), onde chegou a assumir o cargo de diretor, Gushiken presidiu o Sindicado dos Banc�rios do estado entre 1985 e 1987.
Al�m de participar da cria��o da Central �nica dos Trabalhadores (CUT), Gushiken foi um dos fundadores do PT em 1980. Deputado federal constituinte por S�o Paulo, presidiu o partido no final da d�cada de 1980. Durante a Assembleia Nacional Constituinte, foi membro titular de uma subcomiss�o na Comiss�o do Sistema Tribut�rio, Or�amento e Finan�as. Atuou como deputado durante tr�s mandatos consecutivos at� 1999.
Ap�s participar das campanhas presidenciais de Lula em 1989 e em 1998, Gushiken assumiu a chefia da Secretaria de Comunica��o Social do primeiro mandato do ent�o presidente. Deixou o cargo e o status de ministro em 2005, em meio a den�ncias de tr�fico de influ�ncias de contratos que supostamente beneficiaram a Globalprev, de sua propriedade.
Gushiken permaneceu no governo como chefe do N�cleo de Assuntos Estrat�gicos da Presid�ncia, at� novembro de 2006, ap�s a reelei��o de Lula, quando pediu exonera��o do cargo. Na �poca, vieram � tona as den�ncias do mensal�o.
Acusado pelo Minist�rio P�blico pelo crime de peculato no julgamento, Luiz Gushiken foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal. A alega��o, na �poca, era que o ex-ministro tinha conhecimento do repasse irregular de R$ 73,8 milh�es pelo Banco do Brasil � ag�ncia DNA Propaganda, de Marcos Val�rio. Em 2011, o ent�o procurador-geral da Rep�blica, Roberto Gurgel, pediu a absolvi��o de Gushiken por falta de provas.
Durante o julgamento, o ministro do STF, Ricardo Lewandowski, disse que o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, que acusou Gushiken em depoimento na Comiss�o Parlamentar Mista de Inqu�rito dos Correios em 2003, retirou a imputa��o quando ouvido em ju�zo durante o processo. Em maio deste ano, a absolvi��o de Gushiken foi oficializada pelo Supremo.
Luiz Gushiken � autor do livro Uma Nova Ordem Mundial, publicado em 1994.