O presidente nacional do PSDB, senador A�cio Neves, admitiu nessa segunda-feira que o seu partido pode n�o lan�ar candidato pr�prio ao governo de Minas Gerais. O assunto foi tratado em reuni�o na noite dessa segunda-feira, em Belo Horizonte, com os presidentes e representantes dos 10 partidos aliados que hoje integram a base de sustenta��o do governador Antonio Augusto Anastasia (PSDB) – que n�o pode disputar a reelei��o por estar no segundo mandato. "Quem tem um conjunto de partidos como esse tem a responsabilidade de lan�ar uma candidatura que ser� desse conjunto de partidos", afirmou o mineiro, quando questionado se o PSDB poderia abrir m�o da cabe�a de chapa nas elei��es do ano que vem.
Entre as legendas aliadas ao PSDB em Minas, pelo menos duas delas j� anunciaram a disposi��o de ter um candidato a governador: o PP, com a indica��o do vice-governador Alberto Pinto Coelho, e o PSB, que ainda tenta convencer Marcio Lacerda a trocar a Prefeitura de Belo Horizonte pela disputa ao Pal�cio da Liberdade. Do lado do PSDB est�o cotados o ex-ministro das Comunica��es Pimenta da Veiga; o presidente da Assembleia Legislativa, Dinis Pinheiro; o presidente do PSDB estadual; deputado federal Marcus Pestana; e o secret�rio de Ci�ncia e Tecnologia, N�rcio Rodrigues.
Ao evitar falar em nomes, A�cio Neves disse que a escolha vir� no momento em que as discuss�es estiverem "maduras", sem qualquer pressa. O senador completou que � responsabilidade do grupo que h� quase 11 anos governa Minas Gerais dar "continuidade a esse modelo de governan�a, que compatibiliza �tica, transpar�ncia e efici�ncia". Ao elogiar a gest�o tucana, aproveitou para criticar o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), comentando que a "simbiose" entre �tica e efici�ncia n�o existe no plano nacional.
Afli��o
Pr�-candidato de seu partido para disputar a sucess�o da presidente Dilma em 2014, A�cio disse que palanques s�lidos de oposi��o ao Planalto ser�o constru�dos em praticamente todos os estados, n�o necessariamente de candidatos do PSDB, mas de partidos da base aliada. Segundo ele, o governo federal vive uma "afli��o muito grande" e j� estaria em campanha eleitoral. "N�s n�o temos mais uma presidente da Rep�blica, n�s temos uma candidata a presidente da Rep�blica full time", ponderou.
Sobre uma eventual disputa com o ex-governador de S�o Paulo Jos� Serra – que j� admitiu a possibilidade de disputar as pr�vias internas para a escolha do candidato a presidente –, o senador afirmou que no momento pode "pressentir" que eles estar�o juntos no ano que vem. "Ele � um extraordin�rio companheiro. No que depender de mim e do partido, para a frustra��o de nossos advers�rios, estaremos juntos, construindo um projeto inovador para o Brasil, e que coloque fim a esse ciclo do PT que muito mal vem fazendo ao Brasil e aos brasileiros", criticou.