
O mal-estar causado pelas revela��es sobre a espionagem, inclusive de comunica��es da presidente Dilma Rousseff com auxiliares, n�o � uma situa��o totalmente nova para a diplomata. Em novembro de 2010, como embaixadora em Assun��o, Ayalde foi convocada pelo governo paraguaio a dar explica��es sobre revela��es vazadas pelo site WikiLeaks. Documentos oficiais diziam que "o Departamento de Estado dos EUA teria pedido" que fossem monitorados candidatos � elei��o presidencial de 2008 – Fernando Lugo, que sairia vencedor, Blanca Ovelar, o general Lino Oviedo e Luis Castiglioni.
Em um telegrama diplom�tico de 28 de mar�o de 2009, quase um ano ap�s a vit�ria de Lugo, o pr�prio nome da embaixadora � citado. O texto relata desconfian�as sobre uma conspira��o contra Lugo. "Para um presidente que j� enfrenta tantos desafios, como disputas pol�ticas internas, corrup��o e a percep��o de que seu estilo de lideran�a � ineficiente, Lugo deve saber (e tamb�m se preocupar) que um passo em falso pode ser o �ltimo", escreveu. Em junho de 2012, Lugo deixou a Presid�ncia, ap�s passar por um processo de impeachment rel�mpago.
Credenciais
A embaixadora ainda tem uma formalidade a preencher – a apresenta��o das credenciais � presidente Dilma, em data ainda por definir, possivelmente ainda nesta semana. Ayalde viajou em voo comercial, acompanhada do marido, Luiz Jorge, e das filhas Stephany e Nathalia. Natural de Marlyland, ela tem bacharelado em artes pela Faculdade de Estudos Internacionais da Universidade Americana em Washington e mestrado em sa�de p�blica pela Universidade Tulane, na Louisiana. Iniciou a carreira no servi�o diplom�tico em 1982 e assumiu o primeiro posto internacional em Daca, Bangladesh. Antes de ser designada para o Brasil, a embaixadora tinha trabalhado como subsecret�ria de Estado adjunta para Assuntos do Hemisf�rio Ocidental e servido como vice-administradora daag�ncia americana de coopera��o internacional, a Usaid, para Am�rica Latina e Caribe.