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Estado de Minas

Ex-chanceler Celso Lafer defende aprimorar a defesa da informa��o

"Pela sua pr�pria natureza, esse investimento servir� ao pa�s. Trata-se de um impulso ao conhecimento na era digital", afirma Lafer


postado em 19/09/2013 09:01 / atualizado em 19/09/2013 09:04

O esc�ndalo da espionagem americana no Brasil e o consequente cancelamento da visita de Estado da presidente Dilma Rousseff a Washington exp�e a necessidade de investimento “poderoso” do pa�s em mecanismos de defesa da informa��o, avalia o ex-chanceler Celso Lafer, presidente da Funda��o de Amparo � Pesquisa do Estado de S�o Paulo (Fapesp). “Pela sua pr�pria natureza, esse investimento servir� ao pa�s. Trata-se de um impulso ao conhecimento na era digital”, afirma.

A rea��o mais branda dos grandes aliados dos EUA na Europa, igualmente alvos da espionagem Ag�ncia Nacional de Seguran�a (NSA, na sigla em ingl�s), teria uma raz�o pragm�tica, segundo Lafer: todos t�m compet�ncia para espionar os EUA e outros pa�ses e investem na prote��o de sua informa��o.

Situa��o delicada

Lafer reconhece que a revela��o sobre a espionagem da NSA nos gabinetes de Bras�lia e grandes empresas brasileiras exp�s a presidente Dilma Rousseff a uma situa��o extremamente delicada. “Qualquer encaminhamento seria dif�cil”, afirma. Al�m dos fatos j� expostos ao p�blico sobre a espionagem, ambos os governos est�o neste momento vulner�veis a novas revela��es, dado o volume de informa��o sobre o trabalho da NSA no Brasil nas m�os do jornalista Glenn Greenwald, que recebeu o material do ex-funcion�rio dessa ag�ncia Edward Snowden, asilado na R�ssia.

O ex-chanceler assinala o fato de a presidente, para tomar sua decis�o final, ter se aconselhado com o “seu marqueteiro”, Jo�o Santana, e o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. Os seus colaboradores diplom�ticos n�o foram escutados. “Ela tomou uma decis�o olhando para o �mbito da pol�tica interna”, afirma, referindo-se aos ganhos de popularidade que a iniciativa poder� trazer para a candidata petista � reelei��o em 2014. “A quest�o � s�ria. Mas um dos caminhos poss�veis seria aproveitar a oportunidade do encontro em Washington para uma discuss�o mais aprofundada sobre o assunto.”

Segundo Lafer, o cancelamento da visita de Estado, programada originalmente para 23 de outubro, provoca inevitavelmente uma turbul�ncia na rela��o bilateral. “Se interesses mais significativos estivessem presentes de lado a lado, por�m, os governos do Brasil e dos Estados Unidos saberiam lidar melhor com a situa��o”, emenda.

Para ele, a confiabilidade dos EUA no Pa�s fora posta em d�vida ao ser revelada a espionagem nas esferas mais elevadas do poder. “Esse fato n�o pode ser minimizado.”


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