Temer critica excesso de partidos no Brasil

Bras�lia, 29 - Na semana em que o Tribunal Superior Eleitoral legalizou o PROS e o Solidariedade, o vice-presidente Michel Temer considerou "politicamente inadequada" a cria��o de mais dois partidos e admitiu que at� o seu PMDB perdeu "um pouco" a identidade. "H� muitas siglas partid�rias no Brasil e esse n�mero excessivo n�o � �til para o Pa�s", afirmou o vice.

Presidente licenciado do PMDB, Temer minimizou os embates com o PT nos Estados e disse que a parceria est� "consolidada" para 2014. Embora o PSB de Eduardo Campos tenha anunciado a entrega dos cargos no governo Dilma, Temer torce para que o governador de Pernambuco n�o entre na disputa. "Se todos n�s pudermos trabalhar para que ele n�o deixe a base governamental e eleitoral ser� muito �til para a alian�a PT-PMDB", insistiu.

Leitor voraz e autor de poemas escritos em guardanapos de avi�o, Temer recorreu a uma analogia ao garantir que n�o tem receio de perder a vaga de vice. "J� andei em tantas estradas que, a essa altura, a vice n�o � coisa de vida ou morte." Com o PMDB prestes a ganhar o Minist�rio da Integra��o, ele disse que o partido est� "preparado" para ter mais espa�o em eventual segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.

Sobre a legaliza��o de dois novos partidos, o PROS e o Solidariedade, no momento em que o PSB desembarca do governo, Temer comentou: "No plano legal, � perfeitamente leg�tima a cria��o de novos partidos. Embora seja legal, politicamente � inadequado". Segundo o vice-presidente, "h� muitas siglas partid�rias no Brasil e esse n�mero excessivo n�o � �til para o Pa�s". "Aqui, os partidos perderam subst�ncia. Na �poca do autoritarismo, voc� tinha a Arena, a favor do status quo, e o MDB, contra. Quem aderia a um deles sabia o que estava fazendo. Hoje, com 32 partidos, eles perderam sua identidade", acrescentou.

Questionado se o PMDB perdeu sua identidade, Temer disse que "um pouco". "O que ele n�o perdeu foi a fun��o de assegurar a governabilidade. Agora, nesses movimentos de rua, o que o povo queria? O povo passou a exigir uma democracia eficiente e o PMDB est� trabalhando por isso", comentou.