Obras em cidades mineiras ainda aguardam mais da metade da verba prevista

Em meio a diverg�ncias eleitorais que levaram ao rompimento entre PT e PSB est� uma pasta com or�amento bilion�rio e respons�vel por obras importantes para as regi�es mais carentes do pa�s, incluindo o Norte de Minas e os vales do Jequitinhonha e do Mucuri. O Minist�rio da Integra��o ter� de investir nos pr�ximos tr�s meses mais da metade do or�amento previsto para todo o ano, uma vez que at� outubro foram executados R$ 12 bilh�es em 2013 incluindo os restos a pagar de anos anteriores em 2013 do total de R$ 25,5 bilh�es autorizados pelo Pal�cio do Planalto. Em Minas, a pasta reservou R$ 1,8 bilh�o para 2013, mas at� agora gastou menos da metade, executando R$ 700 milh�es. O novo ministro, Francisco Teixeira, aponta que grande parte das obras dependem de parcerias com governos estaduais e ressalta que uma parcela est� inclu�da no Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC) 2 e tem execu��o prevista at� o fim de 2014.

O combate � seca nas regi�es do semi�rido e melhorias na infraestrutura h�drica de munic�pios pouco desenvolvidos est�o entre as principais a��es do Minist�rio da Integra��o, com grandes investimentos reservados principalmente para a Regi�o Nordeste e �reas do semi�rido mineiro. Tamb�m est�o sob coordena��o da pasta a��es para preven��o de desastres naturais, como enchentes, que passam a ser comuns no Sudeste durante o per�odo de chuva. "Quase a metade dos gastos foram executados, mas sabemos que sempre podemos fazer mais. Como grande parte das obras s�o feitas em parcerias com os estados, dependemos diretamente do desempenho dos outros governantes", diz Teixeira.

O ministro aponta tamb�m que algumas obras de grande porte est�o previstas para serem entregues at� o fim de 2014, uma vez que foram inclu�das na segunda etapa do PAC. "Temos em Minas a barragem do Jequita�, que se encontra em obras e n�o ser� entregue este ano. O mesmo acontecer� com as adutoras no Norte de Minas. Para muitas obras de grande porte � preciso levar em conta que est�o envolvidas quest�es de impacto ambiental, desapropria��es e reassentamentos, o que pode atrasar prazos e cronogramas", explica. Outra obra do estado citada como priorit�ria para a pasta � a constru��o da barragem de Congonhas. Mesmo descartando a possibilidade de in�cio das obras em 2013, o ministro espera que as licita��es para a obra da barragem avance at� dezembro.

a��o antitemporal J� para as obras de preven��o aos desastres causados pelas chuvas, o Minist�rio da Integra��o ficar� devendo at� o pr�ximo ano. Isso porque para as obras de drenagens nos rios Doce, Para�ba do Sul e Itabapoana ainda est�o sendo estudadas parcerias com o governo de Minas. "A Integra��o trabalha com obras de controle de cheias, enquanto o Minist�rio das Cidades trabalha com a constru��o de encostas, um dos grandes problemas de Minas dadas as caracter�sticas f�sicas do estado. Para o controle de cheias, estamos analisando uma parceria com o estado para a��es estruturantes. N�o adianta fazermos obras mais simples, que n�o resolvam o problema", afirma o ministro Teixeira.

Segundo ele, o governo j� liberou R$ 15 milh�es para os estudos de projetos para bacias consideradas de risco em Minas. No entanto, de acordo com o Portal Siga Brasil, em 2013, o or�amento federal reservou para investimentos no estado R$ 6,5 milh�es por meio do Programa de Gest�o de Risco e Resposta aos Desastres, sendo que nada foi executado at� o in�cio deste m�s.
A pasta da Integra��o era uma das chefiadas por socialistas, que na semana passada decidiram entregar os cargos que ocupavam no governo federal depois de desentendimentos com pol�ticos petistas. O principal motivo das desaven�as entre os antigos aliados seriam as pretens�es do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), em disputar a presid�ncia no ano que vem, enfrentando a candidatura de reelei��o da presidente Dilma Rousseff (PT). O ex-ministro Fernando Bezerra (PSB) entregou o cargo na ter�a-feira e foi substitu�do pelo ent�o secret�rio de Infraestrutura H�drica da pasta, Francisco Teixeira, que n�o � filiado a nenhum partido e deve ficar � frente do minist�rio at� o in�cio do ano que vem.