S�o Paulo - Assim que a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva come�ou a articular a cria��o da Rede Sustentabilidade, o vice-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, classificou o novo partido como “fundamentalista, religioso e preconceituoso”. Nessa segunda-feira, ap�s a filia��o dela ao PSB no fim de semana, Amaral afirmou ao Grupo Estado que mudou de ideia e diz, agora, reconhecer a import�ncia da Rede.
Em fevereiro, o dirigente do PSB afirmou ter pouco conhecimento sobre o movimento pol�tico orquestrado por Marina, mas fez duras cr�ticas � nova legenda. “Ainda n�o tive muita informa��o, mas at� aqui � um neg�cio fundamentalista, religioso e preconceituoso. Ainda n�o vi pol�tica nele”, disse ao jornal Valor Econ�mico.
A declara��o foi dada no momento em que Amaral chegava � festa de dez anos do PT no comando da Presid�ncia da Rep�blica, em S�o Paulo. O governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, j� articulava a sua candidatura ao Pal�cio do Planalto e preferiu mandar um representante, em vez de comparecer ao evento de comemora��o.
Diverg�ncias
Para Amaral, o fato de divergir das ideias defendidas por Marina n�o impede o di�logo e vai trazer contribui��es importantes para o PSB.
“Acho que ela (Marina) vai nos ensinar muitas coisas com rela��o ao meio ambiente e tamb�m que ela vai aprender muita coisa com a nossa vis�o socialista”, afirmou Amaral.
Para o dirigente do PSB, os atuais partidos n�o est�o preparados para discutir a agenda da sustentabilidade e o grupo que acompanha a ex-ministra vai colaborar com essa discuss�o. “Acho que a Rede representa uma discuss�o que os partidos n�o est�o sabendo travar, sobre a sustentabilidade. Ent�o eu acredito que esse encontro (com o PSB) vai ser muito importante”, disse.
Uma das condi��es para fechar o acordo entre Marina e Campos foi o PSB adotar como prioridade a defesa do desenvolvimento sustent�vel.
O dirigente defendeu que a filia��o da ex-ministra do Meio Ambiente ao PSB “repara a injusti�a” de a Rede n�o ter conseguido o registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “A vinda dela � uma coliga��o democr�tica. Ela e seus companheiros ter�o, pelo PSB, a possibilidade de se candidatarem em 2014.”
Apesar de ter afirmado que a Rede possu�a um car�ter “religioso”, Amaral afirmou n�o ver problemas no fato de Marina ser evang�lica: “N�s j� convivemos com fi�is. H� deputados do PSB que s�o evang�licos”. A assessoria da Rede disse que n�o ia comentar as declara��es de Amaral de fevereiro.