
Ele lembra que, justamente por haver pontos de vista divergentes, optou-se por uma coliga��o e n�o por uma fus�o. “A coliga��o n�o se faz entre iguais, mas entre complementares”, explicou o dirigente socialista. “Optamos por uma uni�o jur�dica, mas os dois partidos continuam se respeitando como entidades pr�prias.” Amaral garante que n�o foi procurado por nenhum integrante da Rede ou do PSB para comentar o artigo. Mas admite que � melhor ser mais comedido daqui para a frente. “Creio que devemos real�ar o que nos aproxima. Aquilo que nos afasta deve ser guardado em uma gaveta, trancado e aberto apenas depois das elei��es de 2014”, opinou.
Para o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), as cr�ticas feitas por Amaral aos conselheiros econ�micos de Marina s�o uma opini�o pessoal dele e n�o expressam o conjunto do pensamento partid�rio. “E essa opini�o isolada n�o significa que Amaral seja contra a alian�a. Pelo contr�rio, ele tem sido um dos maiores entusiastas da parceria firmada entre Eduardo e Marina”, completou.
Rollemberg lembrou ainda que o PSB tamb�m tem conversado com alguns economistas pr�ximos a Marina e que o partido – e o pr�prio Eduardo – sempre destacou a import�ncia da estabilidade econ�mica obtida ao longo dos oito anos de governo Fernando Henrique. Socialistas e marineiros t�m reconhecido o salto dado pelo pa�s ao longo dos �ltimos 20 anos, com a estabilidade econ�mica tucana e a inclus�o social petista.
O senador n�o v� outras opini�es dissonantes no partido. PSB e Marina fizeram, na �ltima segunda, a primeira reuni�o formal para escrever o programa conjunto de governo que ser� apresentado ao longo da campanha presidencial de 2014.
ATRITOS REGIONAIS Na Bahia, onde esteve pela terceira vez em pouco mais de 15 dias, a presidente Dilma Rousseff minimizou ontem os atritos existentes nos estados entre PT e PMDB em torno da constru��o de alian�as regionais. Em entrevista a r�dios de Salvador, afirmou que a “pol�tica nacional” se imp�e sobre arranjos locais e que “o que � regional tem que ser resolvido regionalmente”. “A pol�tica nacional do meu governo se sobrep�e a qualquer alian�a regional. O que vale � a pol�tica nacional e a pol�tica de alian�as nacional. Se houver problemas que podem interferir na alian�a nacional, ele vai ser tratado como uma quest�o nacional, mas a� voc� tem que me dar o fato concreto. O fato concreto � que o que � regional tem que ser resolvido regionalmente”, disse a presidente.
Dilma afirmou ainda que “� �bvio que os partidos no Brasil n�o s�o homog�neos” e lembrou que a base de sustenta��o do governo inclui outras siglas afora o PMDB. “A alian�a do meu partido, o PT, com o PMDB � muito importante para o governo federal. No entanto, n�o s�o s� esses dois partidos que participam da alian�a. N�s temos uma grande alian�a partid�ria que sustenta o meu governo, seja do ponto de vista do parlamento, da governabilidade ou dando respaldo � gest�o”, afirmou.
PT e PMDB enfrentam abalos na rela��o em alguns estados. Na Bahia, por exemplo, o PMDB, que faz oposi��o ao governo Jaques Wagner (PT), ensaia uni�o com Democratas e PSDB para a elei��o estadual. No Rio de Janeiro, o PT defende a candidatura do senador Lindbergh Farias ao governo, sinalizando rompimento com o PMDB do governador S�rgio Cabral e do vice Luiz Fernando Pez�o, pr�-candidato da situa��o � sucess�o estadual.