Dilma diz que reuni�o extraordin�ria com ministros � "rotineira"

Antes da reuni�o extraordin�ria convocada na manh� deste s�bado (2/11) para debater com ministros a retomada de projetos estrat�gicos do governo, a presidente Dilma Rousseff usou o Twitter para minimizar os impactos da convoca��o. “Reunirei hoje um grupo de ministros para discutir cronogramas de entregas de obras federais pelo pa�s. (...) Por isso, reuni�es rotineiras como essa s�o importantes para coordenar os esfor�os dos minist�rios”, amenizou Dilma na rede social.

O encontro tem o car�ter de rever os cronogramas de lan�amentos e inaugura��o de obras, mas permeado de duras cobran�as e cr�ticas. Ap�s quase tr�s anos de gest�o caracterizados pela dificuldade em tocar seus grandes projetos de infraestrutura — com leil�es frustrados, atrasos e revis�es contratuais de �ltima hora —, a chefe do Executivo tenta destravar, pelo menos, aquilo que est� � m�o, como a segunda rodada de concess�es de aeroportos e as licita��es de duas rodovias este ano, de um pacote de oito. A �ltima convoca��o geral desta ocorreu em junho, para debater as medidas em rea��o �s manifesta��es que tomaram as ruas do pa�s.

Ao todo 11 ministros foram convocados. Estiveram no Alvorada o ministro de Minas e Energia, Edison Lob�o; a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira; ministra de Desenvolvimento Social e Combate � Fome, Tereza Campello; a ministra das Rela��es Institucionais, Ideli Salvatti; o ministro dos Transportes, C�sar Borges; a ministra da Secretaria Especial de Pol�ticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci; o ministro da Educa��o, Aloizio Mercadante; o ministro do Desenvolvimento Agr�rio, Pepe Vargas; o ministro da Secretaria de Portos, Ant�nio Henrique da Silveira; o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro; a ministra do Planejamento, Miriam Belchior ; o ministro da Integra��o Nacional, Francisco Teixeira. A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann e o marido, ministro das Comunica��es Paulo Bernardo, chegaram juntos em carro particular, com ele ao volante.

Nos bastidores, profissionais ligados aos ministros informam que a presidente vai apertar mais o grupo da infraestrutura, al�m de aparar as arestas entre esses auxiliares e, com isso, conter os desentendimentos p�blicos que se tornaram frequentes nos �ltimos dias. A manobra � uma tentativa de apresentar uma agenda positiva, que tamb�m dever� servir para sanar eventual imagem de paralisia do governo, mostrada pelas proje��es de baixo crescimento econ�mico e, sobretudo, pelo rombo nas contas federais, afetada pelos gastos de custeio.

Na quinta-feira, o Banco Central (BC) informou que o setor p�blico apresentou deficit prim�rio de R$ 9 bilh�es em setembro, o pior resultado apresentado no m�s. A pauta da reuni�o com os ministros foi definida no dia anterior, com os itens: metas de governo, balan�o das a��es dos minist�rios e agenda de eventos em novembro e dezembro.