Presidente da Alstom alega mal-estar e n�o dep�e � CPI

S�o Paulo, 07 - A CPI dos Transportes da C�mara Municipal, que passou a apurar as den�ncias sobre forma��o de cartel nas licita��es metroferrovi�rias paulistas, foi obrigada a reagendar o depoimento do presidente da Alstom, Marcos Costa, para o pr�ximo dia 28. O empres�rio, que seria ouvido pela comiss�o desta quinta-feira, 7, foi � C�mara mas, segundo o advogado da multinacional, passou mal e foi embora. O vereador Adilson Amadeu (PTB), membro da comiss�o, chamou o empres�rio de "fuj�o".

"Ele teve um mal-estar, teve uma queda de press�o, come�ou a suar frio. Eu sugeri a ele que n�o se apresentasse. A responsabilidade � minha, como advogado. � interesse que ele esteja em condi��o de prestar depoimento de forma aut�noma, sem nenhum tipo de preju�zo", afirmou Pedro Estevam Serrano, advogado da Alstom.

Costa foi convocado para depor na comiss�o depois de a presid�ncia da CPI ter derrubado uma liminar obtida pela Alstom na Justi�a que a desobrigava de se apresentar ao colegiado de vereadores. A liminar caiu depois de o Tribunal de Justi�a de S�o Paulo ter acolhido um recurso apresentado pelo presidente da CPI, vereador Paulo Fiorilo (PT).

Segundo a relatora, Silvia Meirelles, a manuten��o da liminar faria com que a CPI adotasse uma linha incoerente de investiga��o, pois j� foram ouvidos representantes de outras empresas que participaram de licita��es junto com a Alstom.

Antes de anunciar uma pausa para reestruturar a agenda da sess�o, Fiorilo disse que os membros comiss�o se frustraram com a aus�ncia do presidente da Alstom. Para Amadeu, a multinacional n�o est� colaborando com nada desde a obten��o da liminar para n�o comparecer � CPI.

A necessidade de ouvir o presidente da multinacional francesa foi refor�ada, segundo integrantes da CPI, ap�s o jornal O Estado de S. Paulo ter publicado reportagem sobre um e-mail enviado em 2004 pelo ent�o presidente da Alstom, Jos� Luiz Alqu�res, a dirigentes da multinacional no qual "recomendava enfaticamente" os servi�os do consultor Arthur Teixeira, apontado pelo Minist�rio P�blico como lobista e pagador de propinas a servidores de estatais do setor metroferrovi�rio. No e-mail, Alqu�res fala ainda em "amigos pol�ticos" no governo de S�o Paulo.

A CPI dos Transportes foi instalada na C�mara ap�s os protestos contra o reajuste do pre�o da tarifa de �nibus e do Metr�. Controlada pelo PT, a comiss�o passou a investigar tamb�m as suspeitas de cartel e propinas envolvendo o governo paulista, comandado pelos advers�rios do PSDB.