
A reuni�o da presidente Dilma Rousseff com l�deres da base da C�mara, realizada nesta quarta-feira, 13, foi mais uma vez marcada pela preocupa��o do governo com o impacto fiscal de propostas em tramita��o no Congresso. Numa audi�ncia que contou com a presen�a do ministro da Fazenda, Guido Mantega, Dilma fez um apelo expl�cito: "Quero de voc�s o compromisso de n�o votar medidas que comprometam a responsabilidade fiscal. Eu gostaria de ter a compreens�o dos partidos", teria dito, de acordo com parlamentares que estiveram presentes � reuni�o. "A presidente colocou a preocupa��o com a pol�tica econ�mica do Pa�s", acrescentou um l�der.
Dilma conseguiu o endosso de l�deres, que sa�ram do encontro afirmando a necessidade de selar um pacto pela manuten��o da responsabilidade fiscal no Pa�s. "N�s temos uma opini�o, os l�deres, de que h� um risco sim. H� muitas mat�rias que, se votadas, podem impactar, violentamente, o pacto pela responsabilidade fiscal", afirmou o l�der do PT na C�mara, Jos� Guimar�es (CE), que justificou que o rombo potencial tramitando no Legislativo pode superar R$ 70 bilh�es.
"O Pa�s comporta isso? Claro que n�o." Segundo deputados presentes ouvidos pela reportagem, ela destacou que a situa��o fiscal no Pa�s "est� sob controle", mas argumentou que � preciso "ficar atento" diante do cen�rio internacional de crise financeira.
Dentre os projetos que preocupam a administra��o federal, est� a Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) que cria um piso nacional para policiais militares e bombeiros e outra que estabelece uma remunera��o m�nima nacional para os agentes comunit�rios de sa�de. Esta �ltima foi posta como uma prioridade pelo presidente C�mara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), mas n�o tem sido apreciada em raz�o da pauta da Casa estar trancada por projetos com urg�ncia constitucional.
"� preciso ter responsabilidade para voc� n�o criar um problema. A ideia � um pacto pela responsabilidade fiscal", argumentou o l�der do PMDB, Eduardo Cunha (RJ). A preocupa��o fez com que Dilma convocasse, para a pr�xima semana, uma ampla reuni�o com a participa��o de l�deres da C�mara e do Senado, al�m dos presidentes nacionais dos partidos que comp�em a base aliada.
Na reuni�o desta quarta-feira, a presidente ouviu de deputados que a responsabilidade do Parlamento com as propostas que causam impacto fiscal n�o pode ser creditada apenas � C�mara. Eles alegaram que muitas das proposi��es, como a PEC dos policiais militares e bombeiros, foram gestadas e aprovadas pelos senadores. "O Senado empacota a C�mara e n�s que fazemos a maldade?", protestou Guimar�es. "Houve essa reclama��o. Todos os projetos com esse impacto fiscal tiveram origem no Senado", disse outro deputado que participou do encontro.