Candidatura de A�cio Neves � Presid�ncia da Rep�blica � confirmada

Po�os de Caldas – O PSDB escolheu Po�os de Caldas, no Sul de Minas, e um evento que relembrou a trajet�ria de Tancredo Neves pelas Diretas J� para anunciar que o tucano que concorrer� ao Pal�cio do Planalto � o senador A�cio Neves. Coube ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso dar a “arrancada”, como ele mesmo chamou, para a campanha, junto de oito governadores tucanos, que unificaram o discurso contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) e a favor da candidatura  � Presid�ncia pelo neto de Tancredo.

Se em campanhas anteriores o PSDB escondia Fernando Henrique, ontem o partido lhe rendeu homenagens, lembrando que foi tamb�m em Po�os de Caldas que ele lan�ou o Plano Real, em 1994, e colocando-o como o respons�vel por importantes avan�os do pa�s, como a estabilidade econ�mica. Segundo FHC, chegou a hora de A�cio assumir a responsabilidade de disputar a Presid�ncia. “A hist�ria, na sua impetuosidade, seleciona. N�o sei se � justo ou se � injusto, � o momento. O momento � seu. Assuma o momento. Fale por n�s”, disse o ex-presidente a A�cio.

Pouco antes, ao falar sobre a aus�ncia do ex-governador de S�o Paulo Jos� Serra no evento, Fernando Henrique disse que o partido est� unido e tem posi��o. “Unidade nunca pode ser total e eu acredito que progressivamente ser� total. N�o h� nada que impe�a que todos, inclusive quem foi a� citado, que � uma pessoa que respeito muito, venham a estar presentes”, afirmou.

Com fotos de Tancredo Neves e Franco Montoro ao fundo, e v�deos exibindo falas dos dois e de outros personagens das Diretas J�, como Teot�nio Vilela, o ato foi constru�do para mostrar for�a e unidade pela candidatura de A�cio e teve como pano de fundo o discurso pelo pacto federativo. At� a cantora Faf� de Bel�m e sua simb�lica interpreta��o do hino brasileiro, como na �poca das Diretas J�, ajudou a compor o cen�rio em comemora��o aos 30 anos da Carta de Po�os de Caldas. O evento foi tamb�m uma resposta �s resist�ncias de Serra, que vem fazendo sombra � candidatura de A�cio e tentando se firmar como uma possibilidade para concorrer.

O ex-presidente disse que, com as manifesta��es das ruas em junho contra o sistema pol�tico brasileiro, sente ventos de mudan�a. “Come�a uma nova arrancada de esperan�a e ela tem nome e apelido: A�cio Neves”, afirmou, para del�rio da plateia, formada por prefeitos, vereadores e outras lideran�as tucanas, embaladas por tambores da juventude do partido. 

Abra�o

O governador de S�o Paulo Geraldo Alckmin, a quem coube levar um “abra�o” do ausente Jos� Serra e falar do seu “integral apoio” ao novo pacto federativo, disse que o PSDB traz a verdadeira pol�tica, n�o feita para “a companheirada”, e que o pa�s n�o quer um pibinho, mas desenvolvimento. Esse processo, segundo ele, parte de Minas Gerais. “A esperan�a nos traz hoje a Minas para dizer a voc� (A�cio): percorra o Brasil, ou�a o povo e leve a esperan�a de que a popula��o brasileira precisa e est� ansiosa. Com a sua juventude, experi�ncia e compet�ncia, v� servir ao povo brasileiro”, afirmou.

O governador mineiro, Antonio Anastasia, refor�ou o coro, dizendo que a cidade, constru�da sobre um vulc�o inativo, costuma ser p�-quente, e usou os dizeres de uma est�tua em frente ao hotel do evento, que disse ser prof�tica, para refor�ar o recado: “Do estado de Minas ao Brasil”, afirmou. Al�m de Anastasia e Alckmin, participaram do evento Federa��o J� os governadores do Tocantins, Siqueira Campos; Alagoas, Teot�nio Vilela; Roraima, Jos� de Anchieta Jr; Paran�, Beto Richa; Par�, Sim�o Jatene; e Goi�s, Marconi Perillo.

Depois de clamar por um novo pacto federativo, que redistribua os recursos entre Uni�o, estados e munic�pios, A�cio disse tratar-se de um dia hist�rico e relembrou um ensinamento do av� Tancredo. Segundo ele, � preciso olhar para quem est� do lado de quem discursa para ver quem lhe presta sua credibilidade. Ao lado dos oito governadores tucanos e de FHC, A�cio afirmou que o PSDB estar� pronto no ano que vem para apresentar uma proposta ousada e retomar a Presid�ncia. “N�o h� governo de coopta��o que v� nos vencer, porque temos a nossa consci�ncia, responsabilidade e o talento para refundar a Federa��o. � por isso que vamos vencer as elei��es para retomar a dignidade a seriedade e a efici�ncia na vida p�blica brasileira”, afirmou.