Dilma elogia apoio da base � cria��o de pacto fiscal

Um dia ap�s se reunir com o Conselho Pol�tico, no Pal�cio do Planalto, para apelar aos parlamentares que n�o criem mais despesas para a Uni�o no Congresso, a presidente Dilma Roussef elogiou a disposi��o dos partidos de cooperar com o governo e defendeu a estabilidade fiscal. "O governo tem perfeita consci�ncia da import�ncia da estabilidade fiscal. A estabilidade fiscal � o alicerce para tudo que conquistamos", disse a presidente ao responder �s cr�ticas de que um dos problemas enfrentados hoje pelo governo nas contas p�blicas � por causa das desonera��es.

De acordo com Dilma, as desonera��es nas folhas de pagamento foram "cruciais" para o Brasil, no momento em que n�o havia acordo para redu��o dos direitos trabalhistas. "Desoneramos a folha de pagamento, porque isso � crucial para a produtividade do Brasil", disse Dilma �s lideran�as do PSD, onde esteve na hora do almo�o, para receber apoio � sua reelei��o. "Se n�s n�o vamos reduzir direitos trabalhistas, a redu��o do custo da m�o-de-obra se d� pelo fato de que o Estado brasileiro abre m�o de uma parte da tributa��o." Para Dilma, as redu��es de IPI que foram realizadas tamb�m eram "cruciais" para mover a economia.

Dilma, em seguida, passou a elogiar a disposi��o dos parlamentares, que ofereceram apoio ao governo ontem para a cria��o de um pacto pela responsabilidade fiscal, prometendo n�o criar despesas sem or�amento previsto. "Fiquei ontem muito contente com a reuni�o com os presidentes dos partidos pol�ticos e lideran�as que integram a base, que assinaram, eu n�o diria um pacto pela responsabilidade fiscal, porque n�s j� t�nhamos feito um pacto em junho", declarou. Segundo a presidente, a reuni�o foi para uma "complementa��o do pacto da responsabilidade fiscal feito entre o governo e as lideran�as parlamentares, que � algo considerado extraordin�rio para o Pa�s".

De acordo com Dilma, este pacto permite tamb�m que sejam mantidos os investimentos em infraestrutura, programas sociais e demais programas considerados fundamentais pelo governo. "O que pactuamos � que n�s n�o faremos atrav�s de apoio no Congresso, medidas que gerem despesas ou reduzam receitas, neste momento pelo qual o Pa�s passa", emendou ela.

Dilma insistiu ainda que esse passo na constru��o do pacto foi importante porque "� uma condi��o para nossa estabilidade fiscal" e � algo que "mostra maturidade da nossa base aliada, que ela deu um passo no sentido da consci�ncia de que n�s participamos em todas as quest�es program�ticas".

Licita��es

A presidente aproveitou o discurso para demonstrar otimismo com os rumos da economia e as futuras licita��es na �rea de infraestrutura. "Nunca o Brasil teve concentrado num determinado momento tantas licita��es de concess�o de infraestrutura", afirmou.

"Agora na sexta-feira teremos mais dois aeroportos (Confins e Gale�o). N�s, nesse per�odo recent�ssimo de alguns meses, vamos ter licitados em torno de 5 rodovias, a gente vai ter tr�s grandes licita��es de petr�leo - uma delas de Libra - e v�rias licita��es de transmiss�o e gera��o de energia."