PMDB pede para PT ficar no governo Cabral at� mar�o

Em uma reuni�o que durou mais de quatro horas na Granja do Torto em Bras�lia, a presidente Dilma Rousseff, seu antecessor Luiz In�cio Lula da Silva, o vice-presidente Michel Temer e outros integrantes da c�pula de PT e PMDB debateram as alian�as dos partidos nos Estados. O presidente interino do PMDB, Valdir Raupp, disse que o partido pediu ao PT para continuar no governo de S�rgio Cabral, no Rio de Janeiro, pelo menos at� mar�o, segurando assim a candidatura de Lindbergh Farias. Raupp disse ainda que os dois partidos teriam chegado a acordo para manter o apoio petista � fam�lia Sarney no Maranh�o.

"No Rio de Janeiro acho que tem de dar um tempo porque est� muito claro que a divis�o do PT e do PMDB deve prejudicar as duas candidaturas, � o que j� est� acontecendo nas pesquisas", afirmou o presidente interino do PMDB. "Foi feito um apelo pelo presidente Michel Temer e por n�s para que se espere at� mar�o", complementou. A situa��o do Rio de Janeiro � tida como a mais complexa porque o PT n�o aceita abrir m�o da candidatura de Lindbergh Farias e o PMDB insiste em ter na disputa o vice de Cabral, Luiz Fernando Pez�o. O PT faria o rompimento neste final de semana, mas adiou a decis�o a pedido de Lula.

No Maranh�o, foi necess�ria em 2010 uma interven��o do diret�rio nacional para for�ar o PT local a aliar-se � Roseana Sarney (PMDB), filha de Jos� Sarney (PMDB). Agora, segundo Raupp, o grupo petista mais pr�ximo ao PMDB ganhou a elei��o interna do partido, o que deve facilitar a repeti��o do acordo, agora em apoio a Luiz Fernando, secret�rio de Roseana. Ala do PT, por�m, deseja apoiar o presidente da Embratur Fl�vio Dino (PCdoB), l�der nas pesquisas e opositor da fam�lia Sarney.

De acordo com o Raupp, al�m do Rio de Janeiro existem ainda pend�ncias no Cear�, na Para�ba e em Minas Gerais. Ele comemorou o fato de novos acordos terem sido fechados nas �ltimas semanas no Par� e no Amazonas. Para o presidente interino do PMDB, isso pode fazer com que o partido n�o antecipe a conven��o para decidir a alian�a nacional, visto que haveria maioria folgada a favor de manter a composi��o em torno da reelei��o da presidente Dilma.

"O mais importante � a alian�a nacional, que est� consolidada e s�lida. Tem poucos Estados que est�o precisando de ajustes e com o tempo vai ajustando", afirmou Raupp. Ele lembrou ainda que em elei��es passadas j� houve casos de Estados em que PMDB e PT estiveram em campos opostos e isso deve se repetir ao menos em S�o Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.

Al�m de Lula, Dilma, Temer e Raupp, participaram da reuni�o os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e da C�mara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o ex-presidente do Senado Jos� Sarney, o presidente do PT, Rui Falc�o, e o ministro da Educa��o Aloizio Mercadante, cotado para coordenar a campanha de Dilma.