Organizador de um semin�rio sobre Am�rica Latina que re�ne gestores p�blicos, empres�rios e organiza��es n�o governamentais (ONGs), o ex-presidente do Estados Unidos Bill Clinton elogiou a rea��o da presidente Dilma Rousseff aos protestos que tomaram conta do Pa�s em junho. Clinton disse que Dilma optou por dar ouvidos �s reivindica��es e fez uma compara��o com a rea��o violenta aos protestos na S�ria.
Ela participou da sess�o plen�ria de abertura do semin�rio e depois se reuniu com o ex-presidente dos EUA por 30 minutos. Desde as 8 horas, um pequeno grupo de manifestantes se concentrou em frente ao Hotel Copacabana Palace, na orla, para protestar contra a presen�a de Clinton, a realiza��o da Copa do Mundo no Brasil e a pris�o dos condenados do mensal�o. Alguns cobriam os rostos e faziam barulho com apitos e batendo em latas vazias.
O protesto, no entanto, n�o vingou e em menos de duas horas j� havia se dispersado. Ficaram s� os cartazes pendurados em alambrados na frente do hotel. Dilma chegou e saiu pela entrada dos fundos do hotel e n�o viu a manifesta��o. Na sess�o de abertura, Clinton tamb�m elogiou o programa Bolsa Fam�lia e as a��es do governo para redu��o da pobreza e da desigualdade. O ex-presidente americano disse que � preciso buscar caminhos para acelerar o crescimento econ�mico com inclus�o social e apontou os investimentos privados em infraestrutura como essenciais para o desenvolvimento dos pa�ses latino americanos.
"Nos �ltimos dez anos, na Am�rica Latina, n�s observamos um crescimento surpreendente. Apesar da crise financeira de 2008, 70 milh�es de pessoas dessa regi�o sa�ram do que o Banco Mundial classifica como pobreza extrema, 50 milh�es passaram para a classe m�dia. Entre as grandes economias emergentes na �ltima d�cada, apenas Brasil e M�xico mostraram queda da desigualdade. Ainda assim, um progresso foi alcan�ado. A grande pergunta aqui � como acelerar o crescimento econ�mico", disse Clinton.
"O Brasil tem certas necessidades de infraestrutura que n�o foram atendidas ainda e se beneficiaria com um acordo entre governos para facilitar investimentos do setor privado", sugeriu. O ex-presidente tamb�m chamou aten��o para a alta incid�ncia de obesidade na popula��o. "Um em cada cinco brasileiros � obeso. Isso custa bilh�es de d�lares � sociedade. � crucial encorajar as pessoas a serem ativas", afirmou.