O senador A�cio Neves (PSDB-MG) – pr�-candidato � sucess�o presidencial – n�o deixou passarem em branco as ironias dirigidas a ele nessa quarta-feira pela presidente Dilma Rousseff (PT) durante programa de r�dio em Pernambuco (PE). A petista comentou a inclus�o dos programas do governo Mais M�dicos e Bolsa-Fam�lia entre as 12 propostas que norteiam o projeto de governo do tucano. “� sempre bom que eles finalmente reconhecem alguma coisa”, disse Dilma. Horas depois, o senador rebateu: “A presidente pode ficar tranquila que as a��es positivas desse governo, que n�o s�o muitas, obviamente ser�o continuadas e aperfei�oadas”.
E n�o ficou s� nisso. Dilma voltou a dizer que o hoje reconhecido programa Bolsa-Fam�lia j� foi ironizado pela oposi��o, em v�rias outras elei��es. “Durante um bom tempo, o Bolsa-Fam�lia foi chamado de Bolsa-Esmola. Mas hoje, todos sabem o reconhecimento”, disse a presidente, que ofereceu um conselho ao advers�rio: “A oposi��o n�o pode nortear seus atos na base do quanto pior, melhor”. O presidenci�vel tucano respondeu alegando que a presidente estava “equivocada”. “Como ela agora se mostra muito conectada com as redes, sugiro que ela entre no YouTube e coloque l�: presidente Lula, 2002, esmola. Ela vai ver que foi seu tutor quem chamou os programas Bolsa-Escola e o Bolsa-Alimenta��o, que originaram o Bolsa-Fam�lia, de esmola”, afirmou A�cio Neves.
Em meio � troca de farpas, Dilma e A�cio se esbarraram ontem nos corredores do Congresso Nacional, onde aconteceu uma sess�o simb�lica de devolu��o do mandato presidencial a Jo�o Goulart, cassado durante a ditadura militar. Dessa vez, a cordialidade venceu e os dois se cumprimentaram.
O senador A�cio Neves fez quest�o de ressaltar que encampar o programa Mais M�dicos � um ponto de seu plano de governo, mas ser� necess�rio aprimor�-lo. “N�s votamos a favor do Mais M�dicos, mas tentamos aprimor�-lo. Num governo do PSDB n�o haver� preconceito em rela��o a m�dicos de outros pa�ses, em especial os cubanos, que na minha avalia��o at� por viverem em um regime autorit�rio deveriam ter uma solidariedade ainda maior. N�s pagaremos aos cubanos que aqui vierem os R$ 10 mil que s�o hoje pagos aos m�dicos de outros lugares. Jamais faremos como faz o governo do PT, subordinando os interesses nacionais aos interesses de um regime autorit�rio” explicou. O senador se referia ao fato de os sal�rios dos m�dicos cubanos serem pagos ao governo do pa�s.
MARQUETEIRO Ainda nessa quarta-feira, A�cio Neves minimizou a n�o renova��o do contrato com seu marqueteiro Renato Pereira. “Contrato voc� assina e renova ou n�o renova em raz�o do desempenho. � uma coisa cotidiana”, explicou. Segundo A�cio, embora o contrato de Renato ven�a no fim deste m�s, ainda n�o h� uma mobiliza��o em busca de outro profissional e isso s� deve ser definido no in�cio do ano que vem. “Acho que voc�s est�o acostumados a ver a import�ncia que o governo federal d� ao marqueteiro, que hoje tem posi��o de ministro de Estado”, arrematou, se referindo ao publicit�rio Jo�o Santana, que mais uma vez coordenar� o marketing petista na disputa eleitoral. (com ag�ncias)