MP denuncia ex-prefeito de Pirapora por usar dinheiro da sa�de para financiar campanha

Recursos de mais de R$ 220 milh�es destinados ao Cons�rcio Intermunicipal de Sa�de da Rede de Urg�ncia do Norte de Minas (Cisrun) foram usados para financiar campanha pol�tica do ent�o prefeito de Pirapora, Warmillon Fonseca Braga, durante o ano de 2011. A den�ncia por improbidade foi feita pelo Minist�rio P�blico de Minas. Colecionador de pelo menos uma centena de processos por improbidade administrativa, o ex-prefeito tinha planos ambiciosos, como concorrer � Prefeitura de Montes Claros, assumir a presid�ncia da Associa��o Mineira dos Munic�pios para, em seguida, disputar uma cadeira da Assembleia Legislativa. Com esse objetivo e para se promover na regi�o do Norte de Minas, o pol�tico veiculou publicidade sobre o cons�rcio em revistas e jornais que sempre traziam sua foto ou entrevistas concedidas como presidente da entidade.

Apesar de o cons�rcio ter sido criado apenas para desenvolver a aten��o b�sica de sa�de ao cidad�o, Warmillon, � frente da entidade, decidiu investir em ambul�ncias para o Servi�o de Atendimento M�dico de Urg�ncia (Samu). A partir da�, passou a se apresentar nos comerciais usando uniformes de servidores e anunciando que sua administra��o do cons�rcio estava atraindo a aten��o de prefeitos das mais diferentes regi�es do pa�s, interessados em conhecer a experi�ncia in�dita do Norte de Minas. No entanto, os planos do pol�tico come�aram a ruir a partir de decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou ilegal as candidaturas de prefeitos “itinerantes”. Nos �ltimos 16 anos, o pol�tico administrou por 8 anos a cidade de Lagoas dos Patos e, pelo mesmo per�odo, a de Pirapora.

Com decis�o do STF, Warmillon passou a apostar mais fichas em sua candidatura a deputado estadual e j� sonhava em assumir a cadeira como o mais votado do estado. Mas a pris�o do pol�tico p�s fim definitivamente �s pretens�es do ex-prefeito. Ele foi preso em julho, durante opera��o da Pol�cia Federal e Minist�rio P�blico para p�r fim a mais um esquema de desvio de recursos p�blicos.