Bras�lia – O governo federal n�o quer saber de protestos violentos atrapalhando os jogos da Copa do Mundo deste ano. Para isso, poder�o ser usados at� 10,6 mil homens da For�a Nacional, que v�o apoiar as a��es da Pol�cia Militar nas cidades-sede. Segundo o Minist�rio da Justi�a, pasta � qual a For�a � ligada, esses homens foram treinados para serem mobilizados para apoio a v�rios tipos de opera��o em seguran�a p�blica em qualquer ponto do pa�s. Os estados devem concluir at� o fim deste m�s um planejamento para apoio federal.
O governo do estado de S�o Paulo – onde ser�o realizados seis jogos, incluindo a abertura do Mundial, entre as sele��es do Brasil e da Cro�cia – j� adiantou que n�o v� necessidade de pedir apoio � For�a Nacional. “N�o h� necessidade neste momento, n�o h� necessidade. N�s temos um contingente j� em planejamento que vai congregar a� cerca de 3 mil a 4 mil homens s� para esse trabalho da Copa. O comando da PM poder� depois explicar. Existe todo um trabalho de planejamento para que S�o Paulo possa atender a contento essa demanda que vir� dos grandes eventos”, afirmou ontem o secret�rio de Seguran�a P�blica de S�o Paulo, Fernando Grella Vieira.
Em junho do ano passado, milh�es de pessoas foram �s ruas em v�rias cidades do pa�s. Um dos alvos dos protestos foram os altos gastos com os est�dios e outros preparativos para a Copa do Mundo deste ano e a Copa das Confedera��es – torneio que estava sendo disputado naquele momento. Em v�rias cidades, manifestantes entraram em confronto com a pol�cia e foram v�rios os atos de vandalismo.
Os homens da For�a Nacional fizeram um curso de controle de dist�rbios civis (manifesta��es e protestos, no linguajar policial), baseado em movimentos que eclodiram nas �ltimas edi��es da Copa do Mundo, como Coreia e Jap�o (2002), Alemanha (2006) e �frica do Sul (2010).
O Minist�rio da Justi�a informou que, entre as atribui��es da For�a Nacional, est�o miss�es de patrulhamento de fronteiras, enfrentamento a crimes ambientais, prote��o a pessoas amea�adas, apoio a�reo a opera��es, investiga��o de crimes, atividades periciais e atua��o em desastres. A For�a Nacional existe desde 2004 e atua em apoio, quando solicitada, aos �rg�os de seguran�a federais e dos estados.
A For�a foi criada durante a gest�o de Luiz In�cio Lula da Silva (PT), e � formada por policiais militares e civis, bombeiros militares e peritos de todo o Brasil. Segundo o Minist�rio da Justi�a, todos eles s�o selecionados e capacitados em instru��es que seguem padr�es de atua��o de for�as de paz da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU).
Viol�ncia O Mundial ter� 12 cidades-sede. No ano passado, durante a Copa das Confedera��es, com jogos em seis cidades, atuaram 54 mil integrantes das for�as de seguran�a, entre PMs, policiais civis, bombeiros, agentes de tr�nsito e outros.
Para a seguran�a dos grandes eventos, h� dois centros integrados de comando e controle (CICCs): um em Bras�lia e outro no Rio de Janeiro. Al�m disso, h� 12 centros regionais, um para cada cidade-sede da Copa do Mundo, e centros locais dentro dos est�dios. Nesses centros — alguns deles j� operando — h� representantes das v�rias for�as de seguran�a nacionais e locais.
Em outubro, o delegado da Pol�cia Federal Andrei Augusto Passos Rodrigues, titular da Secretaria Extraordin�ria de Seguran�a para Grandes Eventos, tamb�m ligada ao Minist�rio da Justi�a, j� havia afirmado que o governo n�o aceitaria atos de vandalismo e de viol�ncia que venham a interferir na realiza��o de eventos como a Copa do Mundo e os Jogos Ol�mpicos de 2016. A secretaria est� encarregada da coordena��o das medidas de seguran�a dos grandes eventos e tem um or�amento bilion�rio para isso. A estimativa � que s� o governo federal gaste R$ 1,17 bilh�o com a seguran�a dos torneios da Fifa, e R$ 1,16 bilh�o com os Jogos Ol�mpicos de 2016.