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Estado de Minas

Diretor de estatal que citou propina ao depor � demitido

Benedito Dantas Chiaradia foi titutlar de v�rios postos de comando em estatais durante governos tucanos em S�o Paulo


postado em 17/01/2014 09:07 / atualizado em 17/01/2014 09:14

S�o Paulo - Titular de v�rios postos de comando em estatais ao longo dos governos tucanos em S�o Paulo, Benedito Dantas Chiaradia disse em depoimento prestado em 14 de novembro � Pol�cia Federal que ouviu de pessoas da �rea metroferrovi�ria relatos sobre pagamento de propina a agentes p�blicos.

Chiaradia, que foi diretor da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) entre 1999 e 2002, disse que o consultor Arthur Teixeira era apontado como intermediador das empresas do cartel. Ele viabilizava, segundo os relatos que diz ter ouvido, o pagamento de propina para o hoje conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Robson Marinho, chefe da Casa Civil do governo M�rio Covas nos anos 1990, e para servidores da CPTM e do Metr�.

At� o fim do ano passado Chiaradia tinha um cargo de dire��o no Departamento de �guas e Energia El�trica (DAEE), autarquia do governo paulista. Acabou exonerado no dia 20 de dezembro, pouco mais de um m�s ap�s o depoimento � Pol�cia Federal.

Chiaradia � a terceira testemunha a citar propina do cartel no inqu�rito e a primeira de dentro do pr�prio governo a tratar do assunto. A Pol�cia Federal tem em m�os um depoimento do ex-diretor da empresa alem� Siemens Everton Rheinheimer no qual ele cita propina para diretores de estatais de trens e para pol�ticos - tr�s deles ocupam hoje o secretariado do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

A outra testemunha que citou aos policiais federais a propina - mas num contexto de que apenas suspeitava dela - foi o executivo da Siemens Mark Gough, que atua na empresa na Alemanha. O inqu�rito do cartel, aberto em 2008, est� no Supremo Tribunal Federal pois os secret�rios de Alckmin s�o deputados licenciados e t�m foro privilegiado.

Assinatura

Chiaradia atuou na CPTM como diretor administrativo e financeiro na mesma �poca em que Jo�o Roberto Zaniboni, Oliver Hossepian e Ademir Ven�ncio ocupavam cargos de chefia na estatal. Os tr�s foram indiciados no inqu�rito pelos crimes de corrup��o, lavagem de dinheiro, crime financeiro e forma��o de quadrilha.

Chiaradia foi um dos signat�rios de um dos tr�s contratos da CPTM que a Siemens denunciou ao Conselho Administrativo de Defesa Econ�mica (Cade) - a empresa alem� admitiu ao �rg�o federal as combina��es entre as empresas a fim de evitar ou diminuir futuras san��es. H� mais tr�s contratos sob suspeita, nos metr�s de S�o Paulo e de Bras�lia. Chiaradia, por�m, n�o foi indiciado porque a Pol�cia Federal n�o encontrou problemas em suas movimenta��es financeiras ao quebrar seus sigilos.

No depoimento de novembro, ele declarou que “Teixeira tinha contato muito pr�ximo e constante com Oliver, Ademir e Zaniboni” e que “acredita que essas reuni�es eram para tratar de propina”. Chiaradia disse acreditar que um dos motivos para ter deixado a CPTM naquela �poca “foi justamente n�o ter conv�vio social” com os outros tr�s, “o que demonstrava a clara m� vontade para assuntos relativos ao pagamento de propinas”. Ele tamb�m disse crer que os valores encontrados nas contas de Zaniboni na Su��a eram “a t�tulo de propina”.

Hist�rico


Chiaradia tem longa ficha de servi�os prestados ao Estado de S�o Paulo. Advogado, chefiou o departamento jur�dico do Metr� entre 1975 e 1983. Entre 1983 e 1986 assessorou secret�rios de Seguran�a P�blica e foi chefe de gabinete de Miguel Reale Jr.

Depois de uma incurs�o de uma d�cada no setor privado, voltou ao servi�o p�blico em postos no governo estadual. Entre 2005 e 2007 foi secret�rio-geral da Assembleia Legislativa de S�o Paulo. Depois voltou para o Executivo paulista, retomando cargos nas dire��es de estatais e autarquias.


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