S�o Paulo - Depois de unificar o discurso dos 27 diret�rios estaduais do PSDB em torno de sua candidatura � Presid�ncia, o senador A�cio Neves (MG) enfrenta agora o desafio de montar palanques para disputar o Pal�cio do Planalto em Estados onde o partido t�m uma estrutura fr�gil.
Levantamento feito pela reportagem mostra que em nove Estados os tucanos ensaiam entregar seu tempo de TV na propaganda eleitoral para legendas que, na disputa nacional, v�o apoiar a reelei��o de Dilma.
A c�pula do PSDB d� como certo que contar� com 13 candidaturas pr�prias a governador, mas pressiona dirigentes locais para ampliar esse n�mero. Dos nove Estados onde os tucanos se articulam com partidos da base de Dilma, dois - Bahia e Rio Grande do Sul - s�o tratados como exce��es.
No primeiro caso, o PSDB se aproxima do ex-ministro da Integra��o Nacional Geddel Vieira Lima, presidente do PMDB baiano. Contrariando a orienta��o de seu partido, ele faz oposi��o a Dilma na Bahia. Ainda assim, a prefer�ncia de A�cio � por um acerto menos arriscado: com o DEM, que deve lan�ar o ex-governador Paulo Souto.
No Rio Grande do Sul, os tucanos devem apoiar a candidatura da senadora Ana Am�lia (PP), que faz oposi��o � presidente, embora seu partido ocupe o Minist�rio das Cidades. Em outros tr�s Estados - Cear�, Rio e Piau� - o PMDB � “dilmista”, mas est� em atrito com os petistas locais.
Linha de corte
Pela primeira vez desde sua funda��o, o PSDB est� “enquadrando” os Estados, dentro da estrat�gia de dar prioridade ao pleito nacional. A orienta��o � clara: devem ser evitadas alian�as com partidos engajados no projeto de reeleger Dilma.
Na pr�xima reuni�o da executiva tucana, no dia 11, em Bras�lia, os tucanos discutir�o caso a caso e avaliar�o a tese de ampliar o veto de coliga��es locais para al�m do PT, como manda a norma atual. Um dos partidos que pode entrar na linha de corte � o PCdoB, que negocia com os tucanos no Maranh�o. O Estado � considerado um dos mais problem�ticos para a campanha presidencial de A�cio.
Os tucanos maranhenses est�o divididos entre apoiar Fl�vio Dino (PCdoB) ou Lu�s Fernando Silva, nome do PMDB escolhido pela governadora Roseana Sarney, aliada de Dilma.
As duas op��es s�o consideradas p�ssimas. “Se o PCdoB se afastar do PT no Estado, o candidato deles, Fl�vio Dino fica livre para receber o PSDB e o PSB. Esse palanque seria misto”, disse o deputado Carlos Brand�o, presidente do PSDB-MA.
Os cen�rios no Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro tamb�m s�o problem�ticos.
No primeiro caso, a sigla conta uma estrutura fr�gil - o PSDB deve ter apenas um candidato a deputado federal. “Aqui n�s s� n�o conversamos com o PT”, afirma Val�rio Marinho, presidente do PSDB potiguar.
Terceiro maior col�gio eleitoral do Brasil, o Rio � tratado pela c�pula como um cap�tulo dram�tico. Sem nomes fortes para montar um palanque pr�prio, o partido se aproximou do PSB - que deve apoiar o deputado Miro Teixeira (PROS), aliado da ex-ministra Marina Silva - e do PR, que contar� com Anthony Garotinho. “Perdemos no Rio por mais de 1 milh�o de votos em 2010”, lembra Mendes Thame.
A op��o preferencial dos tucanos fluminenses � apoiar Garotinho. “Onde o PSDB n�o tiver nomes competitivos, n�s faremos alian�a com outros partidos do campo oposicionista. Nossa alian�a ser� com setores que regionalmente se op�em ao PT local”, afirmou A�cio na semana passada � TV Estad�o.