Porto Alegre – A edi��o 2014 do F�rum Social Tem�tico come�ou nessa segunda-feira, em Porto Alegre, com uma s�rie de atividades que repercutem a onda de manifesta��es pelo pa�s no ano passado. Al�m da capital ga�cha, Canoas abrigar� eventos do f�rum, que ter� como temas Crise Capitalista, Democracia, Justi�a Social e Ambiental. A mensagem de convoca��o do encontro fala na “crise de representa��o dos partidos”, um dos motes da s�rie de protestos de junho e julho. N�o � toa, ativistas como Pablo Capil�, do grupo M�dia Ninja, e integrantes do Movimento Passe Livre (MPL), que iniciaram as manifesta��es nas principais capitais do pa�s, devem participar dos debates.
Um dos organizadores do F�rum Social, Mauri Cruz diz que o evento se identifica historicamente com mobiliza��es como as de 2013. “Ele nasceu em 2001 com caracter�sticas como as dos movimentos de junho.” Segundo ele, ao contr�rio das primeiras edi��es do F�rum Social Mundial, o Tem�tico re�ne menos intelectuais da Europa e mais ativistas de causas diversas, at� mesmo de muitas surgidas depois de 2001. “A Primavera �rabe e movimentos como o Fora do Eixo e o Passe Livre s�o recentes”, afirma. Mas o eixo central, a discuss�o de alternativas ao neoliberalismo, permanece. “Enquanto Davos est� emitindo pol�ticas de concentra��o de renda e gerando crises como a do Sul da Europa, nosso f�rum segue afirmando que outro mundo � poss�vel”, destaca o presidente estadual da Central �nica dos Trabalhadores (CUT), Claudir N�spolo, tamb�m do comit� organizador local.
Um dos atos previstos � o lan�amento de uma campanha para um plebiscito sobre uma Constituinte exclusiva, ideia lan�ada pela presidente Dilma Rousseff em meio �s manifesta��es e que acabou abandonada.
V�rios pol�ticos tamb�m t�m presen�a confirmada. Al�m de seis ministros do governo Dilma, o f�rum tem mesas marcadas at� com nomes da oposi��o, como o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e o tucano Luiz Paulo Vellozo Lucas, ex-prefeito de Vit�ria (ES). A organiza��o destaca, por�m, que as atividades n�o s�o promovidas por institui��es p�blicas nem por partidos pol�ticos.
A expectativa � de que o encontro de ativistas de organiza��es n�o governamentais (ONGs), sindicatos e movimentos sociais re�na cerca de 20 mil pessoas nas mais de 270 atividades previstas, como semin�rios e oficinas. A marcha de abertura, que costuma reunir milhares de ativistas nas ruas centrais da cidade, est� prevista para amanh� � tarde. O encerramento ser� no domingo.
CONVIDADOS Entre as presen�as confirmadas est� a da ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Ros�rio, que vai participar do debate “Gest�o democr�tica – A educa��o como direito humano”, dentro do F�rum Mundial de Educa��o, amanh�, no Gin�sio Poliesportivo da Ulbra, em Canoas. A ministra da Cultura, Marta Suplicy, � convidada para participar do painel “Comunica��o compartilhada – Rede dos pontos de cultura”, tamb�m amanh�, no Acampamento da Juventude.
Na sexta-feira, o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), e o ministro da Secretaria Geral da Presid�ncia, Gilberto Carvalho, participam da mesa “Contra o capital, democracia real”, na Assembleia Legislativa.
O ambientalismo e a sustentabilidade entram em pauta no painel “Cidades justas e sustent�veis”, que ocorrer� no Sal�o de Atos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) no s�bado. Entre os participantes est� a bi�loga Ana Paula Maciel, ativista do Greenpeace que voltou ao Rio Grande do Sul no fim do ano passado ap�s ficar presa na R�ssia.
Tamb�m no s�bado, a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campelo, � uma das convidadas do debate “Efic�cia do Programa Bolsa-Fam�lia: muito al�m da transfer�ncia de renda”, programado para ocorrer na Usina do Gas�metro.