Rio, 22 - Depois da conversa a s�s com a presidente Dilma Rousseff, na ter�a-feira, 21, o governador S�rgio Cabral Filho e o vice, Luiz Fernando Pez�o, pr�-candidato do PMDB ao governo do Estado do Rio, sa�ram convencidos de que somente o presidente Luiz In�cio Lula da Silva ser� capaz de mudar o quadro da disputa fluminense. O PMDB-RJ insiste na desist�ncia da candidatura do senador petista Lindbergh Farias � sucess�o de Cabral e amea�a n�o apoiar a reelei��o de Dilma se o quadro continuar como est�. A candidatura de Lindbergh foi reafirmada em reuni�o do diret�rio regional no �ltimo s�bado, com aval de Lula e da dire��o nacional do partido.
Para os peemedebistas, a presidente n�o vai se envolver nos impasses das disputas estaduais e, no Rio, continuar� a fazer o discurso de parceria com Cabral e Pez�o e a repetir o bord�o "estamos juntos". Mas, na pr�tica, caber� a Lula a palavra final sobre os palanques de Dilma no Estado. Cabral e seus aliados tinham expectativa de que Lula pudesse convencer Lindbergh a desistir, mas por enquanto s� ouvem do l�der petista pedidos para terem "paci�ncia".
A tese dos l�deres do PMDB � que "n�o vale a pena se estressar com a presidente Dilma". No encontro de Cabral e Pez�o com a presidente, do qual tamb�m participou o prefeito Eduardo Paes (PMDB), o quadro eleitoral no Rio foi mencionado, os peemedebistas deixaram clara a contrariedade com o PT, mas n�o fizeram reclama��es ou pedidos diretos � presidente.
Em tese, a presidente tem quatro palanques no Rio, se todas as pr�-candidaturas forem mantidas: Lindbergh, Pez�o, o ex-governador e deputado Anthony Garotinho, do PR, e o ministro da Pesca, Marcelo Crivella, do PRB. Garotinho, que ter� a pr�-candidatura confirmada no pr�ximo s�bado, 25, diz, no entanto, que o apoio a Dilma n�o est� fechado. Em nota distribu�da por sua assessoria sobre a conven��o estadual do PR, Garotinho declara que "n�o tem pressa", para fechar sua posi��o na campanha presidencial.
"Temos at� maio para definir essa quest�o. A presidente Dilma hoje tem mais de um palanque no Rio, mas a configura��o pol�tica ainda est� indefinida. Com Pez�o patinando nas pesquisas e Lindbergh sem capilaridade alguma, a presidente tende a precisar de nosso apoio, al�m do Marcelo Crivella. Mas nada est� acertado e precisaremos conversar", disse Garotinho.
Pesquisas qualitativas mostram que Garotinho tem eleitores entre simpatizantes de Dilma e tamb�m do tucano A�cio Neves e do socialista Eduardo Campos, o que leva pr�-candidato do PR a cogitar abrir o palanque para mais de um candidato a presidente.