
Nesta quarta-feira, 22, Dem�stenes virou r�u em a��o criminal em Goi�s, acusado de corrup��o passiva e advocacia administrativa - uso indevido de facilidades do cargo. Ele � acusado de receber R$ 5 milh�es do empres�rio Carlinhos Cachoeira, al�m de outras vantagens. A liga��o com Cachoeira, que � r�u por corrup��o ativa, levou � cassa��o do mandato de Dem�stenes no Senado, em 2012.
No boletim de ocorr�ncia, Cruvinel registrou que, ap�s frustrado um projeto entre ele e Dem�stenes para montarem um escrit�rio de advocacia juntos, o ex-senador “passou a agir de forma dissimulada, visando prejudicar a rela��o” de Cruvinel com conhecidos de ambos.
Segundo o advogado, Dem�stenes se aproveitou de um desentendimento financeiro entre Cruvinel e o empres�rio Maur�cio Sampaio para “fomentar a disc�rdia” entre os dois. Na vers�o de Cruvinel, o ex-senador disse que Sampaio se sentia prejudicado no acerto financeiro e por isso estaria disposto a matar o advogado. A Sampaio, segundo a vers�o apresentada � pol�cia, Dem�stenes teria dito que Cruvinel � quem se sentia prejudicado no acerto, e por isso decidira agredir o empres�rio fisicamente com um tapa na cara.
Encontro
O advogado afirmou que Dem�stenes o chamou para um encontro no seu apartamento em 13 de dezembro. Ao chegar, estavam l� Sampaio e Carlinhos Cachoeira. Na vers�o de Cruvinel, Dem�stenes passou a xing�-lo, a dizer que tinha feito intrigas, e a acus�-lo de haver dito para v�rias pessoas que o escrit�rio de advocacia de ambos seria tamb�m de Cachoeira.
Cruvinel declarou que Dem�stenes tentou agredi-lo, mas foi contido por Sampaio e por Cachoeira. Ele disse que s� conseguiu sair do apartamento porque o ex-senador era contido pelo empres�rio, mas Dem�stenes se desvencilhou e segurou a porta do elevador para dizer que iria “mat�-lo, degol�-lo e que iria acabar com sua vida”. Cruvinel disse que “n�o tinha como deixar de relatar essa amea�a porque sabe que � real, que Dem�stenes planeja atentar contra sua vida”.
Procurado, Dem�stenes Torres afirmou que dois advogados comentariam a suposta amea�a. Por�m, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que apenas defende o ex-senador no processo no TJ de Goi�s e que n�o tinha conhecimento do caso. Pedro Paulo Medeiros tamb�m afirmou desconhecer as amea�as, e disse que Ne�lton Cruvinel “talvez tenha ficado inconformado” por sair do caso em que defendia o ex-senador. Carlinhos Cachoeira nega ter participado da reuni�o. Maur�cio Sampaio n�o foi encontrado.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.