Em um pronunciamento em tom de desabafo de abertura dos trabalhos legislativos do ano, o presidente da C�mara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou nesta segunda-feira, 03, que n�o poderia "aceitar calado" que se queiram acusar o Legislativo de interesse em votar projetos que possam causar impactos fiscais para o governo. "Quero aqui registrar que esta Casa jamais armaria bombas ou pautas bombas para qualquer mat�ria", disse. "A discuss�o neste plen�rio n�o � para armar, � para desarmar", completou ele.
No ano passado, a ministra das Rela��es Institucionais, Ideli Salvatti, chegou a estimar em R$ 60 bilh�es o impacto para os cofres p�blicos das propostas que aumentam gastos. A principal delas � a que institui pisos salariais nacionais para categorias, como agentes comunit�rios e agentes penitenci�rios. Numa refer�ncia � �poca da ditadura militar, quando o Parlamento chegou a ser fechado, o presidente da C�mara disse que, como parlamentar com 42 anos nesta Casa, o Legislativo sempre esteve de portas abertas nos momentos em que o Pa�s se aquietava e se afligia. "Esse verbo armar est� equivocado, � injusto com esse parlamento, deve-se falar em desarmar. Esta Casa n�o vai permitir (isso)", completou.
A sess�o contou com a presen�a do novo ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, respons�vel por trazer a mensagem presidencial, os presidentes do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), e da C�mara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), entre outras autoridades.