Recife, 04 - O PT pernambucano n�o vai mais tolerar que petistas se mantenham em cargos da administra��o do governador Eduardo Campos, quatro meses depois de o diret�rio estadual decidir deixar a base do governo socialista. A decis�o de entregar os cargos foi tomada depois que o PSB saiu do governo Dilma Rousseff, diante da pretens�o de Eduardo Campos disputar a presid�ncia da Rep�blica. Mesmo assim, filiados continuam integrando o governo socialista, numa demonstra��o da divis�o interna que persiste no partido e foi respons�vel pela perda da prefeitura do Recife, depois de 12 anos sob o comando do PT. Na �ltima elei��o municipal, Campos lan�ou candidato socialista na capital e saiu vitorioso.
Em reuni�o do diret�rio estadual do PT na noite da segunda-feira, 03, ficou acertado que todos os que se encontram nesta situa��o ser�o comunicados de que devem deixar os cargos em 15 dias. O partido faz um levantamento para saber quantos filiados ainda n�o deixaram seus postos. O principal deles � a secretaria-executiva da Agricultura estadual, ocupada pelo presidente do PT no Recife, Oscar Barreto.
Quem n�o atender � determina��o, ser� alvo de processo disciplinar que poder� levar at� � expuls�o. "Todos ter�o direito a ampla defesa, mas quem n�o sair ficar� isolado", avisa o vice-presidente estadual do partido, Bruno Ribeiro, ao destacar que o PT tem outras prioridades e desafios no Estado e n�o deve estar envolvido com um tema j� deliberado.
Ribeiro avalia que a sa�da de petistas do governo Campos � tamb�m uma quest�o pol�tica, que extrapola o estatuto partid�rio. Lembra que Campos passou de ex-aliado a antipetista, como tem atestado o discurso que passou a adotar.
O PT tinha seis deputados estaduais em Pernambuco. A bancada foi reduzida a quatro porque dois migraram para o PSB. Na C�mara Federal, o PT-PE diminuiu de quatro para tr�s deputados federais.