
Despachando do 4º andar do Pal�cio do Planalto, o economista e fundador do PT Aloizio Mercadante come�a a formar uma equipe voltada para temas econ�micos, tendo � frente o secret�rio executivo, Valdir Sim�o, que foi secret�rio de Fazenda do Distrito Federal e no governo federal implementou o software de gest�o operacional da m�quina federal, e o secret�rio executivo adjunto, Gilson Bittencourt, que por quase cinco anos, at� o in�cio de 2012, foi um dos principais t�cnicos do Minist�rio da Fazenda.
H�, em curso, uma substitui��o do perfil jur�dico da Casa Civil, que era tocada at� meados do ano passado pelo ent�o secret�rio executivo Beto Vasconcelos, advogado, por um econ�mico. N�o h�, no entanto, perda de for�a interna do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que continua participando do n�cleo duro do governo Dilma Rousseff, mas sim uma ascend�ncia de Mercadante. “Onde cabia um, agora cabem dois”, resumiu um influente auxiliar presidencial.
'Planaltiza��o'
Essa “planaltiza��o” da pol�tica econ�mica come�ou a se delinear claramente no discurso de posse de Mercadante, ontem (4). O novo ministro defendeu a pol�tica fiscal, citando a redu��o da d�vida l�quida como propor��o do Produto Interno Bruto (PIB). Apontou para o cen�rio de investimentos que sair�o do papel neste ano com as concess�es de aeroportos, rodovias e blocos de petr�leo e g�s natural, realizados no ano passado. E garantiu que o combate � infla��o � priorit�rio para o governo Dilma Rousseff.
“O Brasil vem melhorando as finan�as p�blicas e reduziu sua propor��o da d�vida p�blica em rela��o ao PIB, em contraste com os outros pa�ses da economia mundial”, afirmou Mercadante. Ainda na defesa das medidas econ�micas adotadas pelo governo Dilma, o novo chefe da Casa Civil disse que, no Brasil, o emprego “n�o � um subproduto da pol�tica econ�mica”. “O rendimento dos trabalhadores continua a aumentar e a exitosa pol�tica de aumento salarial continua a elevar a renda”, defendeu o ministro.
Em seu doutorado em economia, apresentado na Unicamp em dezembro de 2010, Mercadante apresentou a tese do “novo desenvolvimentismo brasileiro”, que combinava crescimento econ�mico acelerado com distribui��o de renda. Nos �ltimos tr�s anos, no entanto, o ritmo do PIB caiu em rela��o �s taxas verificadas na era Lula, especialmente no per�odo entre 2004 e 2010. Em 2011, o PIB aumentou apenas 2,7%, ritmo que despencou para 1% em 2012. No ano passado, o governo estima que o PIB avan�ou 2,3%.
Defesa
O secret�rio do Tesouro Nacional, Arno Augustin, principal foco de cr�ticas do mercado financeiro e do pr�prio PT, preocupado com um eventual “ataque especulativo” contra a economia brasileira durante o per�odo eleitoral, foi defendido publicamente ontem (4) tanto por Mercadante quanto por sua antecessora no cargo, Gleisi Hoffmann, que ontem (4) retomou o mandato de senadora pelo PT do Paran�. Ela deixou o cargo para disputar o governo do Estado.
Gleisi agradeceu “� equipe do Minist�rio da Fazenda, ao ministro Guido e, em especial, ao Arno Augustin, que nunca mediu esfor�os para ajudar”. Mercadante afirmou que a melhora “significativa” das finan�as p�blicas brasileiras � resultado direto das pol�ticas conduzidas por Mantega, pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e por Augustin, do Tesouro. O compromisso com uma pol�tica fiscal mais apertada tamb�m esteve presente na mensagem presidencial encaminhada por Mercadante nessa ter�a-feira ao Congresso Nacional. A condu��o dos gastos do governo, conhecida como pol�tica fiscal, � o principal alvo de cr�ticas do mercado financeiro. (Com Ag�ncia Estado)