S�o Paulo, 05 - O secret�rio municipal de Infraestrutura Urbana e Obras do governo Fernando Haddad (PT), economista Osvaldo Spuri, afirmou que o engenheiro Jo�o Roberto Zaniboni �sempre foi uma pessoa boa de �tica, de moral, um grande t�cnico�.
Zaniboni � apontado pela Pol�cia Federal como um dos principais envolvidos no cartel metroferrovi�rio que teria predominado em S�o Paulo entre 1998 e 2008, governos M�rio Covas, Jos� Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB.
Ex-diretor da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Zaniboni foi indiciado pela Pol�cia Federal no inqu�rito do caso Siemens, multinacional alem� que fez acordo de leni�ncia com o Conselho Administrativo de Defesa Econ�mica (Cade) para revelar a a��o do cartel.
Em uma conta secreta na Su��a, Zaniboni recebeu US$ 826 mil, entre 1999 e 2002. Ele alega que recebeu por consultorias. J� repatriou o dinheiro.
Osvaldo Spuri dep�s na Corregedoria Geral da Administra��o, vinculada � Casa Civil do governo Alckmin. O relato de Spuri ocorreu no dia 18 de outubro. Ele atua no setor metroferrovi�rio desde 1975, passou pela antiga Fepasa, depois foi para a CPTM onde exerceu a fun��o de coordenador da Unidade de Gerenciamento do Programa (UGP-BID), que tinha como atribui��o aplicar as pol�ticas do banco na estatal de trens.
Convidado pela gest�o Haddad, desde 2013 Spuri atua na prefeitura de S�o Paulo, como secret�rio de Infraestrura e Obras.
Tr�s corregedores do Governo Alckmin tomaram o depoimento de Spuri: Alexandra Comar de Agostini, Maria Helena Barbieri Maganini e Ricardo Nogueira Damasceno.
Perguntaram ao economista se ele conhece Zaniboni. Ele disse que conhece desde os tempos de Fepasa e trabalharam juntos na CPTM. �Zaniboni � um profissional competente e s�rio.�
�Eu nunca tive nada a suspeitar do Zaniboni, ele � um grande t�cnico, � uma boa pessoa. Sempre foi um t�cnico muito competente do setor ferrovi�rio, uma das melhores cabe�as�, afirma. �N�o tenho nenhum constrangimento em falar isso.�
Os corregedores tamb�m indagaram de Spuri se ele conhece o consultor Arthur Teixeira, que a PF sustenta ter sido o lobista do cartel - acusa��o rebatida energicamente pelo criminalista Eduardo Carnel�s, defensor de Teixeira. �Eu me lembro dele (de Arthur Teixeira) , participava de reuni�es t�cnicas, mas eu participava muito pouco dessas reuni�es porque elas ocorriam em campo de obras e eu sou economista.�
Sobre a a��o do cartel, Osvaldo Spuri diz que �est� lendo bastante sobre isso�.
�Nunca tive informa��o nenhuma sobre cartel. Na �poca eram poucas empresas no setor, hoje t�m as empresas da China e da Coreia do Sul, t�m mais empresas. Tinha licita��o que participavam s� duas empresas, �s vezes 3. Na d�cada de 70 era um mercado que tinha poucos fornecedores. Hoje t�m os chineses, os coreanos. O Brasil n�o tinha f�brica de trens metropolitanos, agora tem a Alstom e tem a CAF.�