Paulo de Tarso Lyra
Bras�lia – O anivers�rio de 34 anos do PT que ser� comemorado nesta segunda-feira em S�o Paulo servir� para “dizer � milit�ncia que est� na hora de ir �s ruas e mostrar ao Brasil tudo o que fizemos nos �ltimos 10 anos de poder e 34 anos de vida”, declarou o l�der do PT na C�mara, Vicentinho (SP). Embora insista em declarar que � a oposi��o quem tem interesse de antecipar a campanha eleitoral, a presidente Dilma Rousseff ser� a grande estrela da festa. Ao lado dela, o ex-ministro da Sa�de, Alexandre Padilha, que j� come�ou na sexta-feira a primeira das 14 caravanas que far� pelo estado para consolidar o seu nome ao governo estadual.
Nem s� de comemora��o ser� a festa petista. Dirigentes partid�rios torcem para que n�o, mas existem chances concretas de que a milit�ncia aproveite o momento para, mais uma vez, se solidarizar com os correligion�rios presos pelo mensal�o. Essa postura j� gerou um constrangimento durante o congresso do partido, em dezembro, em Bras�lia. Diante de Lula e Dilma, os militantes cobraram uma defesa enf�tica dos companheiros. Ambos se calaram. “Creio que o momento � diferente. Naquele congresso as pris�es ainda estavam muito recentes, tudo era muito doloroso para n�s. Hoje, v�rias pessoas, inclusive juristas, reconhecem os abusos do julgamento. N�o estamos mais t�o sozinhos, logo, n�o precisamos ser t�o expl�citos”, disse o l�der do PT na C�mara, Vicentinho.
Contrariando o que pensa o l�der do PT, os petistas permaneceram ao longo de toda a �ltima semana acampados na frente do Supremo Tribunal Federal para protestar contra o presidente Joaquim Barbosa e manifestar apoio a Jo�o Paulo Cunha. O ex-presidente da C�mara foi preso na ter�a-feira e, na noite de sexta renunciou ao mandato para evitar a cassa��o.
VIAGENS Outro que tamb�m quer ficar distante da pol�mica dos mensaleiros � o ex-ministro da Sa�de Alexandre Padilha. Ele iniciou, ao lado de Lula, na sexta-feira, em Ribeir�o Preto, as viagens pelo interior de S�o Paulo. Ser�o 14 caravanas, em um �nibus estilizado. Pelos c�lculos do PT paulista — que, inclusive, organizar� a festa de hoje — a desvantagem em rela��o ao PSDB se d�, sobretudo, nos munic�pios entre 50 mil e 150 mil habitantes. “� um eleitorado mais conservador, mais tradicional, que combina mais com o discurso de Geraldo Alckmin”, reconhece um articulador da campanha.
O PT tamb�m quer reeleger os tr�s governadores — Agnelo Queiroz (Distrito Federal), Ti�o Viana (Acre) e Tarso Genro (Rio Grande do Sul) — e emplacar o sucessor de Jaques Wagner na Bahia. Al�m disso, o partido quer eleger sete dos 10 estados em que deve ter candidatura pr�pria. As prioridades s�o: S�o Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paran�, Roraima, Mato Grosso do Sul e Goi�s. Neste �ltimo, os petistas ainda estudam se lan�ar�o candidato pr�prio — o prefeito de An�polis, Antonio Gomide, ou se apoiam o empres�rio Jos� Batista J�nior, da Friboi.