Ao entrar no plen�rio da C�mara, o deputado Natan Donadon (sem partido-RO) disse que est� sendo injusti�ado, que j� foi absolvido em processo de cassa��o anterior e que n�o deveria ser julgado pela segunda vez. Ele ressaltou que, pelo resultado da vota��o anterior, ele poderia "estar legislando normalmente".
Cercado por jornalistas, Donadon afirmou que foi escolhido como "um bode expiat�rio" e ainda criticou o fato de estar sendo julgado em voto aberto desta vez. "Iniciou-se em voto secreto e hoje � pelo aberto. Simplesmente para massacrar a minha pessoa e a minha fam�lia", declarou.
O deputado reafirmou sua inoc�ncia. "Sei que o voto � aberto, mas a convic��o da inoc�ncia me fez vir at� aqui", disse o deputado, contradizendo a vers�o de seus advogados. A representa��o contra o deputado pede a cassa��o desta vez por quebra de decoro parlamentar.
Mais cedo, a defesa afirmou que Donadon n�o viria para evitar sua exposi��o diante de um processo que tende a culminar com a perda de seu mandato parlamentar. Assim que o deputado chegou, sem algemas e usando a roupa branca do pres�dio, os advogados afirmaram que ele foi "for�ado a vir por uma interpreta��o equivocada da dire��o do pres�dio".
Ao entrar no plen�rio cheio, Donadon foi saudado por alguns funcion�rios da C�mara. Sentou-se numa cadeira de deputado e conversou apenas com seu advogado, Michel Saliba. Neste momento, o advogado apresenta sua defesa na tribuna do plen�rio.
Neste segundo processo, o deputado � acusado de denegrir a imagem do Parlamento ao usar algemas em agosto passado e por ter votado na primeira sess�o que o livrou da perda do mandato, o que n�o era permitido. Na vota��o secreta da ocasi�o, o resultado foi 233 votos a favor da cassa��o, quando eram necess�rios 257 votos. Dos votantes, 131 votaram contra a cassa��o e 41 se abstiveram. Donadon foi condenado a 13 anos, 4 meses e 10 dias por peculato e forma��o de quadrilha e cumpre pena na Papuda desde junho passado.