Deputados articulam a instala��o de uma Comiss�o Mista Parlamentar de Inqu�rito (CPMI) com o objetivo de investigar o movimento black bloc no Brasil. Na tarde desta ter�a-feira, 18, os l�deres do Solidariedade, deputado Fernando Francischini (PR) e do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), come�aram a recolher assinaturas no col�gio de l�deres da C�mara pedindo a cria��o do colegiado, que tamb�m apurar� a eventual rela��o de partidos pol�ticos com o movimento. Eles ir�o em seguida pedir celeridade ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para o processo de instala��o. Al�m do SDD e do PMDB, segundo divulgou Francischini, assinaram o pedido os l�deres na C�mara do PR, PP, PSDB, DEM, PPS, PSD, PDT, PSC, PTB e da Minoria.
"Ficou claro com a morte do jornalista da rede Bandeirantes (Santiago Andrade), e tamb�m com os que se feriram (nos protestos), que existem pessoas que est�o indo com o intuito de destruir e assustar a popula��o de bem", declarou Francischini.
Para a cria��o de uma CPMI, � necess�rio o aval de ao menos 171 deputados e de 27 senadores. O l�der do SDD acredita que o fato de o requerimento de instala��o contar com o apoio de 12 lideran�as deve acelerar a coleta das assinaturas. Francischini argumentou que a CPMI dever� investigar se h� "aliciamento ou financiamento" de black blocs no pa�s. "Estamos no ano da Copa do Mundo e muita gente tem interesse em afastar a popula��o das ruas no nosso pa�s", acrescentou.
A proposta de instala��o de uma CPMI veio ap�s a morte do cinegrafista Santiago Andrade, da rede Bandeirantes, que foi atingido por um roj�o enquanto cobria um protesto no Rio de Janeiro. O auxiliar de limpeza Caio Silva de Souza, preso pela morte do cinegrafista, declarou que algumas pessoas receberiam dinheiro para participar dos protestos, citando em seu depoimento partidos como o PSOL e o PSTU. Os partidos negam apoiar atos que promovam a viol�ncia.
Sem citar nomes, o deputado Francischini disse tamb�m que a CPMI uma vez criada, vai investigar a rela��o de autoridades com foro privilegiado com o movimento black bloc. "N�o podemos deixar pairando sobre partidos, pol�ticos e autoridades pecha de que est�o movimentando os black blocs", concluiu.