Bras�lia, 10 - O vice-l�der do PMDB na C�mara dos Deputados, L�cio Vieira Lima (BA), acredita que a tentativa do Pal�cio do Planalto em isolar o l�der da bancada, Eduardo Cunha (RJ), pode contribuir para "piorar" ainda mais a rela��o entre o governo e os deputados. "O ambiente ficou mais carregado", definiu o parlamentar. Para o deputado, ao convidar o presidente da C�mara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para uma conversa e n�o estender o convite ao l�der da bancada, a presidente Dilma Rousseff demonstra "desd�m" pelos deputados do partido.
"Ela n�o est� preocupada com os parlamentares, est� preocupada com a c�pula (do PMDB) e com a (antecipa��o da) conven��o", disse Vieira Lima. Mais cedo, a presidente se reuniu com seu vice, Michel Temer, o presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), o l�der do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), o l�der do PMDB no Senado, Eun�cio Oliveira (CE), al�m do presidente da C�mara. "A bancada est� muito estressada, muito chateada. N�s n�o sentimos representados por Michel, Renan e Raupp", reclamou.
Segundo peemedebistas ouvidos pela reportagem, Dilma reiterou que n�o ampliar� o espa�o do PMDB na reforma ministerial e cobrou de Temer maior "controle" sobre a bancada na C�mara. "Na �tica dela, ela n�o tem que entregar minist�rio e o Michel tem que entregar o partido", disse um peemedebista. Os peemedebistas j� foram informados de que Dilma disse na reuni�o da manh� de hoje que n�o ceder� a press�es. A presidente teria ouvido da c�pula do partido a garantia de que n�o haver� surpresas na conven��o da sigla.
Para os deputados do PMDB, receber minist�rios "n�o resolve" o problema a essas alturas. "N�o vamos indicar ningu�m", refor�ou Cunha na tarde de hoje. O l�der do PMDB na C�mara avaliou que a combina��o entre o impasse na forma��o dos palanques estaduais e a crise deflagrada com a bancada do PMDB "s�o explosivas" em ano eleitoral.