Bloc�o pressiona governo a flexibilizar Marco Civil

Bras�lia, 18 - Os partidos organizados no "bloc�o", que imp�s derrotas ao governo semana passada, pressionam o governo a flexibilizar trechos do Marco Civil da Internet. A inten��o � retirar a exig�ncia de as empresas armazenarem os dados no Brasil e propor uma reda��o que garanta liberdade de neg�cios para as operadoras, ponto que fica em conflito com a tese central do projeto, a neutralidade da rede. Participaram da reuni�o l�deres de PMDB, PR, PTB e PSC, al�m do oposicionista Solidariedade. O l�der do PSD, Moreira Mendes (RO), tamb�m participou, mas na sa�da afirmou que atuou apenas como "bombeiro" e que a legenda continua fora do grupo.

L�der do PR, o deputado Bernardo Santana de Vasconcellos (MG) foi o porta-voz da reuni�o. Ele sofre press�o do presidente da legenda, senador Alfredo Nascimento (AM), para deixar o grupo, mas reafirmou que continuar� a participar. "N�o vejo o processo (do bloc�o) diminuindo", disse. "O nome bloc�o � errado. O que existe uma alian�a informal de l�deres para buscar consenso em algumas pautas. Isso continua", afirmou.

Ele considerou positiva a reabertura da negocia��o pelo governo no processo do Marco Civil. Uma reuni�o ser� realizada na noite de hoje no Minist�rio da Justi�a. Disse, por�m, considerar dif�cil construir um acordo at� amanh�, quando o governo quer levar o tema a vota��o. Segundo ele, o bloc�o defender� uma "internet livre", desde que n�o haja regulamenta��es por decreto e a retirada da previs�o de instala��o de datacenters no Pa�s.

Os pontos s�o os mesmos defendidos publicamente pelo l�der do PMDB, Eduardo Cunha (RJ). Ao defender a "internet livre", o grupo deseja liberdade de neg�cios e que seja poss�vel �s empresas vender pacotes espec�ficos para cada usu�rio. A tese � contr�ria ao princ�pio de neutralidade da rede do relat�rio do deputado Alessandro Molon (PT-RJ) no qual apenas por raz�es t�cnicas e de seguran�a � poss�vel privilegiar ou depreciar uma conex�o. Pelo texto de Molon, por exemplo, n�o se pode cobrar a mais ou diminuir a velocidade de quem deseja acessar v�deos ao vivo.

Em um tom mais sereno, o bloc�o tenta conseguir altera��es no texto para sair vencedor em mais este embate com o governo. Questionado se o grupo estava recuando, Vasconcellos disse que h� "v�rios momentos" na estrat�gia do grupo. "A for�a n�o se mostra s� no confronto", resumiu.