Bras�lia, 27 - Minutos depois de a oposi��o protocolar na Mesa do Senado requerimento com pedido de abertura da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Petrobras, o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que uma "CPI em ano eleitoral mais atrapalha do que ajuda o Brasil". Publicamente contra a comiss�o, Renan disse que vai negociar com os l�deres da Casa a data das pr�ximas etapas anteriores � abertura das investiga��es.
Embora a oposi��o tenha conseguido uma assinatura a mais do que o necess�rio - o requerimento recebeu ades�o de 28 senadores; era necess�rio apoio de pelo menos 27 -, a CPI ainda n�o est� garantida. Isso porque, regimentalmente, os senadores podem retirar seu apoio. Na noite desta quarta-feira, 26, quando se confirmou a coleta da quantidade de nomes necess�rios, governistas j� come�avam a trabalhar para convencer adeptos da CPI a mudarem de posi��o.
Os pr�ximos passos, a partir de agora, s�o marcar a data de leitura do requerimento de CPI no plen�rio e fazer a confer�ncia de assinaturas. Renan disse que, ainda nesta quinta, vai conversar com as lideran�as partid�rias para avaliar a melhor data para isso. "Vou conversar por telefone com os l�deres e ver com eles, do ponto de vista do encaminhamento, da necessidade de n�s instalarmos rapidamente como deveremos fazer." O presidente do Senado n�o garantiu, contudo, que o requerimento siga para plen�rio j� na pr�xima semana. Isso porque os l�deres da base tentar�o atrasar - o quanto puderem - a instala��o.
At� a meia noite do dia em que o pedido de investiga��o for lido no plen�rio, os senadores podem retirar assinaturas. Caso a investiga��o continue contando com o apoio de, no m�nimo, 27 parlamentares, a Comiss�o de Inqu�rito � instalada. Para isso, contudo, Renan ainda precisar� indicar os membros da CPI. Para minimizar os danos ao governo em ano eleitoral, a estrat�gia ser� tentar colocar um peemedebista na presid�ncia e um petista na relatoria do colegiado.