Representantes dos partidos de oposi��o disseram que o resultado da pesquisa Datafolha mostra que eles est�o no caminho certo. A pesquisa divulgada neste s�bado, 5, apontou para uma queda de 6 pontos porcentuais da presidente Dilma Rousseff, estacionamento do tucano A�cio Neves em 16% e crescimento de Eduardo Campos, do PSB, de 9% para 10%, em rela��o � consulta de fevereiro. O PT, pro sua vez, considerou que, apesar dos ataques contra a Petrobras no Congresso, Dilma est� firme na frente na inten��o de votos.
Para o l�der do PSB na C�mara, Beto Albuquerque (RS), um dos coordenadores da campanha de Eduardo Campos, fica cada dia mais evidente a perda de confian�a e credibilidade na presidente da Rep�blica. "O Brasil parou de melhorar e tem enfrentado uma s�rie de inconveni�ncias na economia. Temos de considerar que a Dilma � 100% conhecida, muito diferente do A�cio Neves e do Eduardo Campos. Temos certeza de que o Eduardo vai crescer muito mais. O aumento no �ndice dos que desejam mudan�a � um bom sinal. Mostra que o Eduardo est� caminho certo", disse Albuquerque.
J� o l�der do PT na C�mara, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (SP), afirmou que respeita a pesquisa, que retrata um momento, bom ou ruim. "A pesquisa mostra que a Dilma est� muito bem. Salvo engano, est� melhor do que Lula nessa �poca, em 2002. Fica claro que tudo o que est�o fazendo na C�mara e no Senado com a Petrobras n�o est� valendo a pena. E que a tentativa que fazem de destruir a Dilma n�o tem dado resultados. Vamos continuar nosso trabalho, pedir �s bases que se dirijam �s ruas e procurar outras formas de informa��o que n�o a grande m�dia."
Presidente do PSDB de Minas Gerais e um dos articuladores da campanha de A�cio Neves, o deputado Marcus Pestana v� na queda das inten��es de voto na presidente um indicativo de que as elei��es transcorrer�o sob o signo da mudan�a. "O importante nesse momento � a clara percep��o da opini�o p�blica de que o ciclo de governo do PT se esgotou e que o pa�s n�o vai bem e que portanto � preciso mudar o rumo", afirma. "H� um clima inequ�voco de mudan�a, em um cen�rio que se assemelha �s elei��es de 2002 e 1989", complementou.
Ele disse n�o haver preocupa��o com o fato de A�cio n�o conseguir herdar o eleitorado que se afasta da presidente. Na vis�o de Pestana, tanto o candidato tucano quanto Eduardo Campos n�o ocupam o mesmo espa�o que Dilma na m�dia e, por isso, ainda n�o s�o vistos como alternativas para a popula��o que deseja mudan�a. "O n�vel de conhecimento do A�cio e do Eduardo � bem diferente do dela. Dilma frequenta diariamente os jornais de TV e usa e abusa das redes e r�dios e TV da Presid�ncia. A tarefa da oposi��o � conseguir transformar, quando tiver os instrumentos de comunica��o de massa necess�rios, essa insatisfa��o, esse desejo de mudan�a, em alternativa de poder. Essa � a nossa tarefa", diz Pestana.