A�cio e Campos se ap�iam nos criadores do Real

Futuros advers�rios na disputa por uma vaga no segundo turno da elei��o presidencial contra a petista Dilma Rousseff, o senador A�cio Neves (PSDB) e o ex-governador Eduardo Campos (PSB) abra�aram a bandeira da ortodoxia econ�mica e foram buscar na equipe que criou o Plano Real os formuladores de seus programas de governo.

A tr�s meses do come�o oficial da campanha, os dois oposicionistas t�m enviado sinais cada vez mais claros ao mercado financeiro de que j� definiram o "n�cleo duro" de suas equipes econ�micas e resgatar�o os pilares do processo de estabiliza��o da moeda promovido por Fernando Henrique Cardoso como mote eleitoral.

N�o por acaso, o movimento da dupla acompanha o da Bolsa de Valores, que subiu na mesma medida que Dilma perdeu popularidade nas �ltimas pesquisas de opini�o. Ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) e um dos integrantes da equipe econ�mica que formulou o Plano Real, o economista Andr� Lara Resende �, segundo aliados de Campos, um dos principais conselheiros do pr�-candidato na formula��o do seu plano de governo e o principal respons�vel por construir pontes com o mercado financeiro.

Em entrevista recente ao Estado, Resende declarou sua prefer�ncia: "Em nome da altern�ncia e da mudan�a de �ngulo, eu gostaria de ver um governo de Eduardo Campos e Marina Silva". Al�m dele, o ex-governador conta com o fil�sofo e economista Eduardo Giannetti, que se aproximou por interm�dio da ex-ministra.

Outra fonte de inspira��o para o ex-governador � o economista P�rsio Arida, ex-presidente do Banco Central. J� A�cio Neves elegeu como seu "porta-voz" no mercado financeiro o tamb�m ex-presidente do Banco Central Arm�nio Fraga.

O tucano revelou na semana passada mais dois nomes de peso para seu time: Jos� Roberto Mendon�a de Barros, ex-secret�rio de Pol�tica Econ�mica do Minist�rio da Fazenda entre 1995 e 1998, e Mansueto Almeida, ex-coordenador-geral de Pol�tica Monet�ria do Minist�rio da Fazenda. "Precisamos recuperar os pilares da economia que possibilitaram que o Brasil tivesse uma moeda forte. Os princ�pios do Plano Real s�o atuais", afirma o deputado Beto Albuquerque (RS), l�der do PSB na C�mara. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.