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Estado de Minas

Partidos se organizam para capitalizar redes em 2014


postado em 09/04/2014 18:19

S�o Paulo, 09 - Com 83 milh�es de brasileiros acessando a internet, segundo o �ltimo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), e o estrondoso impacto das redes sociais nas manifesta��es populares de junho e julho no ano passado, 2014 � o ano que consolidar� nas elei��es brasileiras a import�ncia do marketing pol�tico digital. "A presidente Dilma e os outros candidatos que concorrem � Presid�ncia - o senador A�cio Neves (PSDB-MG) e o ex-governador Eduardo Campos (PSB) - j� come�aram a se organizar. H� uma necessidade de se comunicar com essa juventude", avalia o soci�logo e consultor de marketing pol�tico, Mauro de Lima.

Na avalia��o do PSDB, que recentemente lan�ou o portal www.mineirobrasileiroaecio.com.br, projetado para ser a plataforma de converg�ncia das m�dias digitais da campanha do senador mineiro, h� um contingente de cerca de 30 a 40 milh�es de brasileiros nas redes sociais que n�o est�o vinculados ou n�o gostam de pol�tica. Xico Graziano, respons�vel pela �rea de internet da campanha tucana nessas elei��es, diz que o desafio � transformar a estrat�gia digital em votos, inserindo no mundo pol�tico essas pessoas que reivindicam mudan�as e transforma��es no Pa�s. "As pessoas querem participar do destino do Brasil e n�o conseguem, o desafio � atingir esses jovens insatisfeitos que n�o se disp�em a participar do projeto pol�tico."

E as redes sociais s�o a aposta dos partidos para o di�logo com esses eleitores. Um dos casos bem sucedidos nesse campo, lembrados na pr�-campanha deste ano at� pelos opositores, � o da ex-senadora Marina Silva na elei��o presidencial de 2010. Naquele pleito, com pouco mais de um minuto no hor�rio eleitoral gratuito no r�dio e na TV, Marina obteve cerca de 20 milh�es de votos. O ent�o o coordenador de M�dia Digital da campanha de Marina, Caio T�lio Costa, reconheceu que a internet teve papel decisivo na performance da candidata e representou o maior diferencial naquela campanha presidencial, pois foi uma ferramenta imprescind�vel na dissemina��o de suas ideias, com papel estrat�gico na composi��o do volume expressivo de votos que a ex-senadora teve no primeiro turno.

O PT � um dos partidos que investem firme nessa �rea e, na semana passada, anunciou um evento dedicado a treinar a milit�ncia do partido, sem estar oficialmente relacionado �s elei��es. O pr�prio presidente estadual da sigla, Em�dio de Souza admitiu, contudo, que as atividades de oficina ser�o muito �teis como modelo para as campanhas e quaisquer atividades futuras do PT. Inspirado na Campus Party, o Camping Digital ocorrer� no meio do feriado de P�scoa, de 18 a 20 de abril, em S�o Jos� dos Campos, no interior paulista. Ter� oficinas sobre tecnologia, inova��o e redes sociais. Gratuito e aberto, o evento foi idealizado para atrair o maior n�mero poss�vel de partid�rios e simpatizantes do PT, que v�o acampar ao longo dos tr�s dias.

Gatilho

Antes canais de mero apoio para as estrat�gias de comunica��o dos partidos, redes como Facebook, Twitter e blogs passam a contar nesta campanha com iniciativas pr�prias, envolvendo principalmente futuros candidatos a disputas majorit�rias e configurando a tend�ncia. Para Mauro de Lima, as manifesta��es de rua de 2013 foram um gatilho importante, bem como os chamados "rolezinhos" . Refer�ncias que tamb�m foram apontadas pelo cientista pol�tico e professor do Insper, Humberto Dantas. "� uma tend�ncia, inclusive porque o Brasil parou via internet em 2013 e os pol�ticos querem saber como pensam essas pessoas (que se manifestaram nas ruas)", disse Dantas.

O presidenci�vel Eduardo Campos tem usado o microblogging do Twitter para dar entrevistas abertas aos internautas. Com a hashtag #EduardoResponde, o pessebista falou, no dia 7 de fevereiro, sobre propostas para sa�de, pol�tica de incentivo � ind�stria e combate � corrup��o, entre outros temas. E apesar de ter a ex-senadora Marina Silva ao seu lado neste pleito - ela deve ser vice em sua chapa majorit�ria - um dos principais colaboradores da ex-senadora na �rea da internet, Maur�cio Bruzadin, foi escalado para trabalhar com os tucanos nessas elei��es.

Dilma

A pr�pria presidente Dilma Rousseff j� tinha usado recurso semelhante ao de Campos no ano passado, por�m de forma mais reservada. Dilma cedeu a entrevista via Twitter somente � personagem "Dilma Bolada", par�dia criada por Jeferson Monteiro e que ganhou fama com posi��es simp�ticas ao governo da presidente. Monteiro e Dilma tuitaram lado a lado, por cerca de uma hora no Pal�cio do Planalto, no dia 27 de setembro. � �poca, a entrevista trouxe cr�ticas da presidente � reportagem da revista "The Economist" que atacou a economia brasileira. Falou ainda da espionagem norte-americana e de programas do governo, como o Mais M�dicos. A a��o marcou a volta de Dilma ao Twitter, j� que sua conta estava inativa desde 2010.

Apesar de toda essa movimenta��o, os especialistas ressaltam que � importante ter consci�ncia de que a estrat�gia digital na campanha brasileira � ainda algo muito incipiente no Brasil, pois as redes sociais s�o ainda um meio novo na pol�tica mundial. "� um territ�rio de incertezas e precisamos lembrar que importamos a ideia (dos EUA), mas n�o importamos os eleitores", disse Humberto Dantas. Mauro de Lima tamb�m ressalva que o movimento de estrat�gias elaboradas para as redes ainda � fraco no Pa�s. "Quando falamos em estrat�gia de comunica��o pol�tica para redes sociais, candidatos no Brasil ainda est�o engatinhando, ainda est� muito desorganizado". (Colaborou Elizabeth Lopes)


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