Filhos de Dirceu pedem ajuda para Comiss�o da C�mara

Bras�lia, 10 - Atendendo a um pedido dos filhos do ex-deputado Jos� Dirceu, o deputado Nilm�rio Miranda (PT-MG) apresentar� na pr�xima semana um requerimento na Comiss�o de Direitos Humanos e Minorias da C�mara dos Deputados para que um grupo de deputados visitem o Complexo Penitenci�rio da Papuda, em Bras�lia. O objetivo � checar se o condenado no processo do mensal�o tem regalias no pres�dio, argumento utilizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para retardar a transfer�ncia de Jos� Dirceu para o regime semiaberto.

Joana Sarago�a e o deputado Zeca Dirceu (PT-PR), filhos de Dirceu, procuraram Miranda preocupados com as condi��es apresentadas pelo petista nos �ltimos dias e com o esgotamento dos recursos jur�dicos para tirar Dirceu do c�rcere. Eles alegaram que a sa�de de Dirceu vem se deteriorando nos �ltimos dias. "Todos os condenados (do processo do mensal�o) est�o no semiaberto, menos Jos� Dirceu. Eles acham que h� viola��o de direitos e das normas de execu��o penal", afirmou Nilm�rio Miranda, que � ex-ministro da Secretaria de Direitos Humanos da Presid�ncia da Rep�blica e vice-presidente da comiss�o permanente da C�mara.

O requerimento seria apresentado hoje, mas por falta de qu�rum n�o pode ser levado � vota��o. Miranda disse que gostaria de formar uma comiss�o suprapartid�ria, com deputados de partidos que n�o comp�em a base aliada do governo. Ap�s a visita, um relat�rio sobre a visita seria encaminhado ao presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa. "N�o tem nenhuma conota��o pol�tica, � uma quest�o de direitos humanos. A comiss�o n�o admite o uso partid�rio da comiss�o", disse o deputado.

Segundo Miranda, a comiss�o faz esse tipo de atendimento a outras fam�lias e que os deputados devem tamb�m visitar as mulheres dos presos v�timas da viol�ncia no Complexo de Pedrinhas, no Maranh�o. "Eles (filhos de Dirceu) t�m o direito de apelar e a Comiss�o de examinar", afirmou.

Zeca Dirceu argumenta que n�o h� privil�gios. "Ao contr�rio disso, meu pai tem sido perseguido e tido seu direito ao trabalho constantemente adiado", diz. Ele acredita que uma manifesta��o da comiss�o seria importante porque pelos meios judiciais a fam�lia tem encontrado dificuldades. "A justi�a n�o est� permitindo um direito ao meu pai e est� usando subterf�gios com poss�veis investiga��es sobre supostos privil�gios que n�o s�o realidade", afirma. Zeca diz que seu pai est� "abatido" e "desanimado" e nesta semana estaria, inclusive, com uma virose. O deputado n�o soube dizer se seu pai pediu algum atendimento relativo a sua sa�de.