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Estado de Minas

General da reserva diz que Ex�rcito n�o se desculpar�


postado em 12/04/2014 14:49

Bras�lia, 12 - O ex-chefe do Estado Maior da Defesa, general R�mulo Bini Pereira, atualmente na reserva, reagiu �s recentes declara��es de que as For�as Armadas devem um pedido formal de desculpas ao Pa�s por causa dos erros cometidos durante o regime militar. Essa cobran�a foi feita tanto pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso como por Franklin Martins, que foi ministro da Secretaria de Comunica��o Social no governo Lula. Para o general Bini, "esse pedido de desculpas, por parte do Ex�rcito, n�o vir�".

Ao falar sobre o caso, o general faz refer�ncia somente �s afirma��es de FHC. Embora lembre que o ex-ministro de Lula tamb�m falou do assunto, n�o se refere a Franklin na sua resposta. "Com o devido respeito ao ilustre ex-presidente, discordo. Com base em 50 anos de viv�ncia na institui��o, creio que esse pedido de desculpas, por parte do Ex�rcito, n�o vir�. E, se vier, aquele que o fizer ser� considerado leviano, e ser�, inexoravelmente, marcado como um traidor, � semelhan�a de Calabar", disse o general � Ag�ncia Estado.

R�mulo Bini disse estar "indignado com a s�rie de mat�rias que t�m como �nica finalidade denegrir a revolu��o". O general acrescentou ainda que os militares "reconhecem que houve erros de parte a parte", mas ressalva que "infelizmente somente uma das partes � tratada como vil�".

Segundo informa��es obtidas pela Ag�ncia Estado, militares da reserva e at� mesmo da ativa est�o bastante "incomodados" com os ataques feitos ao movimento de 64, que completou 50 anos em 31 de mar�o. A press�o do governo sobre os comandantes do Ex�rcito, da Marinha e da Aeron�utica pela abertura de sindic�ncias para apurar casos de viola��o de direitos humanos em instala��es militares durante a ditadura foi muito criticada pela ativa e pela reserva.

Militares ficaram inconformados com o fato de seus comandantes terem sido obrigados a ceder �s press�es da Comiss�o Nacional da Verdade, que encaminhou queixas ao Planalto dizendo que as For�as Armadas n�o estavam colaborando com os pedidos dos conselheiros.

O fato � que os militares da ativa s�o proibidos pelo regulamento interno de falar e os da reserva t�m recebido apelos para que n�o joguem �lcool na fogueira. Nesse epis�dio, o �nico ponto considerado positivo foi a declara��o da presidente Dilma Rousseff, em discurso no dia do anivers�rio do movimento, de que n�o apoia as iniciativas da esquerda de revisar a Lei de Anistia. Ela destacou que essa lei foi constru�da a partir de acordo entre as partes.

H� dois meses, o general Bini havia publicado artigo no jornal O Estado de S. Paulo no qual defendeu o movimento, criticando a Comiss�o da Verdade e atacando Dilma. Citou que a presidente "demonstra ser incapaz de governar com seriedade, equil�brio e compet�ncia" e que, "diante de qualquer obst�culo, convoca especialistas em propaganda e marqueteiros para que fa�am diminuir ou mascarar os pontos negativos que poder�o surgir, pois s� o que ela e seu partido querem � conseguir a reelei��o".

O Comando do Ex�rcito tem adotado a postura de ignorar as cr�ticas de Bini e, inclusive, tem omitido as declara��es do general em sua resenha de not�cias, que � distribu�da para todas as unidades militares do Pa�s. Apesar da dissemina��o da internet, em muitas unidades militares, principalmente no norte do Pa�s, apenas a resenha do Ex�rcito chega como meio de informa��o ao pessoal, pelas dificuldades de comunica��o que ainda existem.


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