A Pol�cia Federal concluiu nessa ter�a-feira o inqu�rito relativo � Opera��o Lava a Jato, com o indiciamento de 46 pessoas presas durante toda a investiga��o, que durou cinco anos. Entre os indiciados est�o o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Os indiciamentos ocorreram pelos crimes de forma��o de organiza��o criminosa, falsidade ideol�gica, lavagem de dinheiro, evas�o de divisas, falsa identidade em contrato de c�mbio e por operar institui��o de c�mbio sem autoriza��o.
Ao todo, foram cumpridos 105 mandados de busca e apreens�o, 19 de pris�o preventiva, 12 de pris�o tempor�ria e 27 condu��es coercitivas. Foram apreendidos 25 ve�culos com valores de mercado superior a R$ 100 mil cada, R$ 6 milh�es em esp�cie e diversas joias de alto valor. Al�m disso, a Justi�a Federal autorizou o sequestro de tr�s hot�is e seis resid�ncias de alto padr�o e determinou que v�rias obras de arte apreendidas ser�o destinadas esta semana ao Museu Oscar Niemeyer para cust�dia.
Os inqu�ritos ser�o analisados por uma for�a tarefa de seis procuradores da Rep�blica escalados para o caso. Tr�s deles foram viajaram de S�o Paulo e Porto Alegre a Curitiba para auxiliar outros tr�s procuradores do Paran�. O grupo ter� cinco dias para oferecer den�ncia, que deve ser encaminhada ao juiz federal S�rgio Moro. Com a den�ncia aceita, todos se transformar�o em r�us e dever�o ser julgados nos pr�ximos meses pela Justi�a Federal. Atualmente, 15 pessoas permanecem presas, sendo 14 em Curitiba e uma em S�o Paulo. H� duas pessoas foragidas.
Os inqu�ritos foram relatados pelo delegado federal Marcio Adriano Anselmo, que fez parte do processo de investiga��o. A PF analisa a possibilidade de abrir outros inqu�ritos e de continuar as investiga��es mesmo ap�s o indiciamento dos acusados at� agora.
A PF diz que, apesar de ter sido flagrado conversando com o doleiro Youssef, o deputado Andr� Vargas (PT-PR) est� fora de qualquer acusa��o, pelo menos por enquanto. Com uma poss�vel ren�ncia, ele perderia o foro privilegiado e passaria a responder como pessoa comum. Ele foi pego em escutas conversando com Youssef sobre contratos com o Minist�rio da Sa�de. Youssef diz a Vargas que os neg�cios representar�o a "independ�ncia financeira" de ambos.