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Estado de Minas

Depoimento de Cerver� frustra a oposi��o


postado em 16/04/2014 20:19

Bras�lia, 16 - Num depoimento de cinco horas e meia na C�mara, o ex-diretor �rea Internacional da Petrobras Nestor Cerver� se limitou nesta quarta-feira a fazer uma apresenta��o t�cnica sobre a opera��o de compra da Refinaria de Pasadena, do Texas (Estados Unidos). Mesmo com a press�o da oposi��o, Cerver� n�o confrontou a presidente Dilma Rousseff, disse que n�o houve a inten��o de engan�-la e insistiu que a estatal fez um bom neg�cio � �poca.

"N�o houve nenhuma inten��o de enganar ningu�m. Quer dizer, n�o h� nenhum sentido de se enganar ningu�m", respondeu ele. Cerver� disse que o documento que reunia todas as informa��es sobre o neg�cio foi encaminhado � diretoria da Petrobras, mas n�o soube afirmar se, al�m do resumo t�cnico, o Conselho de Administra��o da empresa teve acesso �s 400 p�ginas detalhando a proposta. O ex-diretor da �rea Internacional da Petrobras afirmou que n�o tinha a responsabilidade, � �poca, de fazer esse encaminhamento.

Tido como "homem-bomba" do caso, capaz de colocar mais combust�vel aos apelos da oposi��o pela Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) exclusiva da Petrobras, Cerver�, em nenhum momento, comprometeu a estatal e o governo. Tanto que no fim recebeu os cumprimentos dos deputados da base aliada. "Eu vi muitas tentativas de se colocar palavras na sua boca com um �nico intuito: atingir a presidente Dilma", afirmou o deputado Rosinha (PT-RS).

Durante o testemunho, o ex-diretor da �rea Internacional da estatal ressaltou que as pol�micas cl�usulas "put option" (de sa�da) e "marlim" (de rentabilidade do s�cio) n�o eram relevantes. Conforme o jornal

O Estado de S.Paulo

revelou em mar�o, Dilma, quando era presidente do Conselho de Administra��o da Petrobras, admitiu n�o ter tido acesso, no resumo que recebeu de Cerver�, �s duas cl�usulas na compra da refinaria. Ela afirmou que, se soubesse delas, n�o teria avalizado a opera��o.

"N�o � importante do ponto de vista negocial, do ponto de vista da valoriza��o do neg�cio, nem uma cl�usula nem outra", destacou. O ex-diretor da �rea Internacional recha�ou que a opera��o tenha sido "malfadada" para as condi��es existentes na ocasi�o.

Ao falar da carreira na Petrobras, Cerver� emocionou-se e disse ter tido orgulho de participar da dire��o da estatal no governo Lula, quando o plano de estrat�gico de expans�o internacional foi intensificado. "Tenho orgulho de ter dirigido a �rea internacional, seguindo uma orienta��o do presidente Lula de internacionaliza��o da Petrobras", afirmou. O ex-diretor refutou as tentativas de rotul�-lo como indicado pol�tico. "Eu fui indicado pela minha capacidade e compet�ncia", disse. "Agora, se o senhor prefere reduzir a uma indica��o pol�tica, eu prefiro n�o falar nada", completou, em resposta ao deputado L�cio Vieira Lima (PMDB-BA).

Cerver� declarou que o cen�rio em rela��o aos investimentos em Pasadena mudou de maneira "dr�stica", ap�s a compra de metade da refinaria, por dois motivos principais: a descoberta do pr�-sal, que modificou a orienta��o de investimentos da Petrobras, e a crise nos EUA em 2008, que se alastrou pelo mundo.

Cerver� afirmou que, no mesmo per�odo a Astra Oil, a antiga s�cia da Petrobras n�o quis ampliar os investimentos, o que levou a dire��o da estatal a se reunir em Copenhague, na Dinamarca, com o grupo belga. Eles aproveitaram uma viagem do ent�o presidente Luiz In�cio Lula da Silva � regi�o escandinava. Ele negou que Lula tenha participado diretamente das negocia��es. Sem acordo, a Petrobras recorreu a uma arbitragem internacional para definir se ela teria de arcar com a compra da outra metade.

Em 2012, quando Cerver� j� estava fora da �rea internacional da Petrobras, a estatal foi obrigada a arcar com o restante da refinaria. Ele disse que, ao todo, a compra custou � companhia US$ 1,23 bilh�o.


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