Acusado de receber dinheiro de doleiro est� fora do Pa�s

Recife, 16 - E-mails interceptados pela Pol�cia Federal na Opera��o Lava Jato indicam que o ex-presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do S�o Francisco e do Parna�ba (Codevasf) Clementino de Souza Coelho, irm�o do ex-ministro da Integra��o Nacional Fernando Bezerra Coelho, pediu ao doleiro Alberto Youssef que fizesse dep�sitos em contas de pelo menos dois familiares.

O teor das mensagens foi revelado nesta quarta-feira pelo jornal

Folha de S.Paulo

. Os e-mails trocados entre Clementino e Youssef, preso desde o m�s passado sob suspeita de comandar um esquema bilion�rio de lavagem de dinheiro, cont�m comprovantes de dep�sitos feitos na conta de Jo�o Clementino de Souza Coelho e pedidos de dinheiro em nome de Maria Cristina Navarro de Brito, respectivamente filho e mulher do ex-presidente da Codevasf. Um terceiro destinat�rio do dinheiro foi identificado como F�bio Leivas pela PF, sem mais detalhes. As mensagens foram trocadas entre o fim de janeiro e o in�cio de fevereiro de 2014.

Clementino deixou o comando da Codevasf em janeiro de 2012, ap�s o jornal

O Estado de S. Paulo

revelar que ele e o irm�o aproveitaram uma brecha legal para desrespeitar durante um ano um decreto presidencial de 2010 que pro�be o nepotismo na administra��o.

Bezerra divulgou hoje nota na qual afirma que a nomea��o do presidente da Codevasf � �atribui��o da Presid�ncia da Rep�blica� e que Clementino s� ficou um ano como interino no cargo em fun��o da �demora� do Pal�cio do Planalto em fazer a escolha definitiva para o posto. O ex-ministro foi titular da Integra��o Nacional de janeiro de 2011 a setembro de 2013, quando o PSB do pr�-candidato a presidente Eduardo Campos rompeu com o governo Dilma Rousseff.

Bezerra n�o comentou na nota o pedido de dinheiro que seu irm�o teria feito ao doleiro preso na Lava Jato. Clementino est� fora do Brasil, em viagem com a fam�lia. Contratado pelo ex-presidente da Codevasf, o advogado Pierpaolo Bottini disse que s� vai se pronunciar depois de ter acesso aos autos do processo.