
A ex-senadora Marina Silva disse em entrevista a uma rede de televis�o norte-americana que a presidente Dilma Rousseff n�o conseguiu firmar um estilo pr�prio � frente do Pal�cio do Planalto. "Infelizmente, a presidente Dilma n�o foi capaz de ter a pr�pria marca de governo, a n�o ser a marca do retrocesso", afirmou � CCTV America, de Washington. Marina foi � capital dos Estados Unidos participar de um evento sobre o ativista ambiental brasileiro Chico Mendes, assassinado em dezembro de 1988.
Indagada sobre um ponto positivo e outro negativo do atual governo, Marina disse que, apesar de ter sido bom para o Pa�s manter as pol�ticas sociais da gest�o do ex-presidente Lula, o governo Dilma � marcado por retrocessos. Ela citou o baixo crescimento da economia, a infla��o, dificuldades no planejamento da infraestrutura e a recente situa��o energ�tica. Segundo Marina, o governo retrocedeu no que se refere � renda, � prote��o das florestas e dos direitos ind�genas.
Elei��es
A vice da chapa de Eduardo Campos � Presid�ncia nas elei��es de 2014 destacou que os 20 milh�es de votos recebidos por ela em 2010 t�m um significado "muito profundo". "Significa que, para o povo brasileiro, a ideia de um modelo de desenvolvimento econ�mico que produza riquezas, trabalho, moradia digna e servi�os essenciais n�o � incompat�vel com a prote��o do meio ambiente", afirmou. Segundo Marina, o Brasil pode ajudar a resolver o que chamou de "desafio deste s�culo". "� preciso mudar o antigo paradigma de que a economia � separada da ecologia. O mundo vai precisar cada vez mais de fazer essa integra��o", comentou.
Marina destacou que a alian�a com o PSB, de Campos, ainda est� sendo desenhada e que o objetivo � manter as bandeiras defendidas pela Rede Sustentabilidade no centro do debate. "O que me moveu para o PSB � a necessidade de que as ideias de 2010 continuem relevantes nas elei��es de 2014", afirmou.
Corrup��o
A solu��o para enfrentar a corrup��o no Brasil � encar�-la como um problema de todos e n�o apenas como algo relacionado ao governo ou aos poderes Legislativo e Judici�rio, na avalia��o da ex-ministra do Meio Ambiente. Marina destacou que o governo pode ser mais transparente e que o Congresso tem de ser uma ferramenta para "vigiar e monitorar", mas alertou que o tema tem de ser visto como um problema de toda a sociedade.
Segundo Marina, a pobreza era tida apenas como uma preocupa��o do governo, mas quando passou a ser enfrentada como um problema de todos come�ou-se a criar um processo de inclus�o social. "O mesmo vale para a corrup��o. Enquanto n�o for um problema nosso, n�o haver� solu��o", avaliou.
Protestos
Marina tamb�m foi questionada sobre os protestos relacionados � Copa do Mundo e respondeu que o ponto negativo da realiza��o de grandes eventos � o fato de n�o se pensar nos legados que podem ficar para a popula��o. As manifesta��es nas ruas mandaram uma mensagem forte, segundo ela.
Para Marina, a popula��o encara como uma prioridade investir para sediar a Copa, mas tamb�m deveria ser prioridade garantir sa�de, educa��o, seguran�a p�blica, transporte e vida digna para os brasileiros, "necessidades muito mais profundas", observou.
Parab�ns a Bras�lia
A ex-senadora Marina Silva usou sua conta no Facebook para dar os parab�ns a Bras�lia pelos 54 anos de funda��o da capital federal. "A cidade � meu segundo lar h� 20 anos, desde quando aqui cheguei com toda a fam�lia para meu primeiro mandato de senadora, aos 35 anos", disse.
A vice da chapa de Eduardo Campos � presid�ncia da Rep�blica afirmou que Bras�lia cresceu muito nos �ltimos anos e hoje "enfrenta os mesmos problemas graves de outras grandes cidades brasileiras: falta de mobilidade, viol�ncia, crescimento desordenado, para citar apenas alguns", comentou.
Segundo a ambientalista, a cidade � rica culturalmente e recebe gente de todo o Pa�s. "A novidade � que a participa��o dos jovens s� aumenta, com foco na defesa da cidade que � patrim�nio do mundo e na cria��o de alternativas pol�ticas", destacou. Para Marina, a participa��o mais ativa dos cidad�os vai trazer solu��es para reinventar a cidade.