O ex-ministro da Sa�de e pr�-candidato do PT ao governo de S�o Paulo, Alexandre Padilha, confirmou conhecer Marcus C�zar Moura, mas negou ter indicado seu nome para o Labogen. Documento da Opera��o Lava Jato, da Pol�cia Federal (PF), sugere que Padilha indicou Marcus C�zar Ferreira de Moura, ex-coordenador de promo��o de eventos da pasta em sua gest�o, para a empresa Labogen, controlada pelo doleiro Alberto Youssef, quando o laborat�rio tentava obter contrato milion�rio da Sa�de em 2013.
Segundo o relat�rio da Pol�cia Federal, em mensagens para o doleiro Youssef, Vargas mencionou Padilha, a quem chama de "PAD". No dia 26 de novembro de 2013, Vargas pede ao doleiro que reserve a melhor su�te de um hotel - Blue Tree - que pertence a Youssef, segundo a PF. O deputado diz que falou com o "PAD". "Ele vai marcar uma agenda comigo", diz Vargas. Seu interlocutor responde: "�timo". Durante a entrevista, Padilha afirmou que a decis�o de renunciar � uma quest�o de "foro �ntimo" de Vargas e do PT.
Ataques
O pr�-candidato disse ainda que "est�o destilando raiva" contra ele e contra o PT. Padilha disse ainda ter achado "muito estranho" e nunca ter visto antes relat�rio da Pol�cia Federal ser distribu�do simultaneamente a tantos jornais. Segundo ele, pelo menos quatro consultaram sua assessoria para pedir resposta � acusa��o de que teria indicado um executivo ao laborat�rio Labogen.
Padilha n�o associou diretamente a oposi��o � dissemina��o das den�ncias envolvendo seu nome, mas disse que cada vez que a Caravana Horizonte Paulista, iniciativa do PT que ele coordena, aponta problemas no Estado, ele e o partido s�o atacados com inj�rias. "Da minha parte continuar� havendo respeito", disse, defendendo que a Caravana continuar� a debater com a popula��o do Estado os problemas de abastecimento de �gua, mobilidade e seguran�a p�blica, entre outros.
Pedido do DEM
Sobre o pedido do DEM para que ele e Marcus C�zar Moura prestem esclarecimentos na Comiss�o de Fiscaliza��o e Controle da C�mara dos Deputados, Padilha disse que "certamente n�o � uma iniciativa com interesse de colaborar com a apura��o". Questionado se compareceria � comiss�o, o ex-ministro respondeu que n�o vai comparecer a "nenhum debate de espet�culo eleitoral". Ele ironizou ainda que o DEM nunca tenha chamado nenhum de seus secret�rios estaduais em S�o Paulo a prestar esclarecimentos sobre acusa��es de corrup��o no Metr� de S�o Paulo.
Pol�cia Federal
Alexandre Padilha havia classificado de mentirosa qualquer cita��o de envolvimento seu com o doleiro Alberto Youssef bem como a acusa��o de que ele haveria indicado Moura para o Labogen. Perguntado, ent�o, se a Pol�cia Federal seria mentirosa, pois a acusa��o consta de um relat�rio da institui��o, Padilha saiu em defesa do �rg�o. "Tenho o maior orgulho da Pol�cia Federal", disse, ressaltando que o governo Lula deu autonomia � PF e � Controladoria Geral da Uni�o. "Exatamente por isso quero acesso ao relat�rio completo". Padilha constituiu um advogado para solicitar judicialmente acesso ao documento.