Bras�lia - O ministro da Secretaria de Rela��es Institucionais, Ricardo Berzoini, aproveitou o caf� da manh� com jornalistas, nesta quarta-feira, no Pal�cio do Planalto, para criticar as alian�as e declara��es dos pr�-candidatos da oposi��o A�cio Neves, do PSDB, e Eduardo Campos, do PSB. Ele lembrou que ningu�m, at� agora, apresentou propostas. "Apresentar cr�tica � uma coisa, apresentar proposta � outra coisa", declarou.
"Acho engra�ado quando o Eduardo, que sempre foi uma pessoa muito pragm�tica na pol�tica e eu sempre tive uma rela��o muito boa com ele, apresenta cr�ticas a pessoas que est�o aliadas conosco, sem olhar para as alian�as que ele vem fazendo. S� para citar dois exemplos, pessoas que vieram da oposi��o a ele, inclusive, e ao nosso projeto e que est�o se alinhando talvez taticamente a ele, como Bornhausen e Her�clito Fortes", rebateu Berzoini. Eduardo Campos acabou se aliando a Jorge Bornhausen, que fez oposi��o ao governo Lula, que depois que o filho do ex-senador, Paulo Bornhausen, se aliou ao PSB.
Segundo o ministro Ricardo Berzoini, "em certo momento", Eduardo Campos "vai ter que apresentar quais s�o as suas diverg�ncias com o projeto que n�s conduzimos, e a�, quando ele apresentar quais s�o suas diverg�ncias e sua proposta de governo, n�s vamos avaliar qual � o embate que tem que ser feito", ironizou. Berzoini fez quest�o de citar ainda que Eduardo Campos participou "de uma parte grande" do governo Lula e que foi eleito inclusive "com base nessa pol�tica de coaliza��o pol�tica nacional que n�s estamos participando".
O ministro acrescentou ainda que Eduardo Campos "tem entre os v�rios motivos para que ele tenha condi��es de ser candidato, os diversos investimentos federais que foram feito em Pernambuco, que s�o para o povo de Pernambuco, e n�o, para quem governa porque foram investimentos feitos para popula��o do Estado".
Em rela��o a A�cio Neves, Berzoini foi mais direto, apontando diferen�as em rela��o, por exemplo, � condu��o da pol�tica econ�mica entre PT e PSDB. Berzoini lembrou que o governo Lula, primeiro, e Dilma, depois, tem compromissos de continuar o combate � infla��o, mas sem adotar medidas impopulares que alguns candidatos, como A�cio Neves, est�o pregando. "Na verdade, ele disse que n�o teria medo de adotar medidas impopulares. Eu acho que o governante, de fato, n�o pode temer medidas dif�ceis. Mas, quando eu lembro do governo Fernando Henrique e que ele foi l�der do PSDB, e que foi presidente da C�mara, quando ocorreram grandes malef�cios para os trabalhadores, eu tenho certeza de que, quando ele fala de medidas impopulares, ele sabe do que ele est� falando", comentou o ministro.
O ministro Berzoini lembrou, por exemplo, que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, em seu governo, enfrentou o in�cio da maior crise financeira do s�culo 21, que se prolonga at� hoje, que talvez seja uma das maiores da hist�ria. Na �poca, citou o ministro, Lula "adotou a op��o que foi muito criticada, mas que se demonstrou extremamente acertada. Era evitar que o pessimismo mundial contaminasse a economia brasileira". E explicou: "a op��o foi: vamos com responsabilidade buscar o otimismo. Vamos manter o astral das pessoas, abrir canais de cr�dito para consumo e produ��o, vamos fazer desonera��o tribut�ria respons�vel e vamos manter a pol�tica de expans�o de renda dos trabalhadores. Isto fez com que o Brasil fosse uma das primeiras economias a sair da situa��o mais grave da crise".
Berzoini prosseguiu salientando que a presidente Dilma Rousseff continua com esta estrat�gia, sempre com responsabilidade fiscal. "De maneira que n�s temos uma pol�tica de desonera��o em v�rios setores, uma pol�tica de incentivo ao cr�dito, expans�o da atua��o do Banco do Brasil e da Caixa. Ou seja, temos hoje este desemprego baixo. N�o � por outro motivo. O governo se esfor�ou para que a crise mundial, que � real, n�o tivesse impacto social elevado para que o povo n�o fosse punido por algo que n�o teve culpa", completou.