S�o Paulo, 30 - O prov�vel candidato � Presid�ncia, Eduardo Campos (PSB), voltou a defender nesta quarta-feira, 30, que Banco Central precisa de uma maior autonomia e que em um eventual governo trabalhar� para dar mais poder a autoridade monet�ria. Segundo ele, n�o h� diverg�ncia na opini�o com sua poss�vel vice, Marina Silva, que tem se mostrado um pouco mais reticente � ideia. "H� na verdade um consenso entre n�s de que o Banco Central precisa de uma governan�a com autonomia", disse, ap�s participar de um encontro com 22 economistas, em S�o Paulo, para debater o futuro programa econ�mico do PSB.
Segundo ele, essa quest�o est� sendo estudada dentro da c�pula da campanha e "h� v�rios modelos de debates sobre a possibilidade dessa autonomia virar uma autonomia legal como tem em outros pa�ses". "Temos um claro consenso de que o BC deve ter autonomia para fazer uma boa gest�o da pol�tica monet�ria, que deve ter sinergia com a pol�tica fiscal", refor�ou.
Campos ponderou que ainda h� pontos de diverg�ncias a serem equacionados e n�o se comprometeu que a autonomia do BC estar� expressa formalmente no programa. "Temos um debate que ainda n�o � consensual nem entre os t�cnicos, com diversas possibilidades de como essa autonomia pode evoluir para uma autonomia tamb�m jur�dica", explicou.
A meta do PSB � apresentar seu programa econ�mico, segundo Campos, at� o fim de junho. "Estamos ouvindo muitas pessoas que estudam a realidade brasileira", afirmou. "Estamos nos apropriando das informa��es, que nem sempre s�o t�o transparentes como gostar�amos que fossem."
Campos disse ainda que quer garantir "seguran�a aos agentes econ�micos". Segundo ele, em seu eventual governo haver� clareza dos compromissos, com uma economia "transparente e firme". "Nosso programa de governo usar� a criatividade para que as contas p�blicas tenham transpar�ncia", disse.
O prov�vel candidato afirmou que seu eventual governo ter� compromisso com as conquistas sociais e com a boa governan�a. "Sem preconceitos com quem empreende, sem preconceitos com quem arrisca seu capital para gerar renda, trabalho e oportunidades", afirmou.
Questionado sobre as declara��es da presidente Dilma Rousseff, que afirmou na Bahia que muitas vezes "se pinta a realidade com cores negras para se aproveitar das circunst�ncias", Campos afirmou que ainda "n�o sabe a cor e nem o tom de cinza porque falta transpar�ncia efetiva no governo". Ele usou a cor cinza depois que Marina fez uma interven��o e disse que "n�o era politicamente correto dizer que os problemas na economia s�o cores negras, ainda mais na Bahia".