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Estado de Minas

Renan contraria governo e convoca CPI mista

Peemedebista convoca sess�o do Congresso para definir nomes que v�o compor comiss�o de inqu�rito para investigar a Petrobras. PT avisa que vai brigar por apura��o restrita ao Senado


postado em 07/05/2014 06:00 / atualizado em 07/05/2014 07:10

Renan dá entrevista sobre a convocação: Nós teremos tantas CPIs quantos requerimentos tivermos com fato determinado e prazo para investigação (foto: Bruno Peres/CB/D.A Press)
Renan d� entrevista sobre a convoca��o: N�s teremos tantas CPIs quantos requerimentos tivermos com fato determinado e prazo para investiga��o (foto: Bruno Peres/CB/D.A Press)

Bras�lia –
Contrariando os interesses do Planalto e do PT, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), marcou para esta quarta-feira uma sess�o do Congresso na qual pedir� aos l�deres partid�rios que indiquem os nomes para a CPI mista da Petrobras. Os senadores petistas Humberto Costa (PE) e Gleisi Hoffmann (PR) avisaram que apresentar�o quest�es de ordem em plen�rio e insistir�o para que a CPI seja exclusiva do Senado.

“A decis�o do Supremo diz respeito a uma CPI do Senado Federal. Se, de fato, h� interesse de fazer investiga��o, por que n�o come�ar logo? Se n�s formos para uma CPI mista, eu n�o sei quando poderemos come�ar”, protestou Costa. “N�s teremos tantas CPIs quantos requerimentos tivermos com fato determinado e prazo para investiga��o. N�o cabe ao presidente do Senado estabelecer qual � a CPI que vai funcionar”, respondeu Renan.

Aliados do presidente do Senado lembraram que, se estivesse realmente empenhado em instalar uma CPI composta exclusivamente pelos senadores, Renan teria mantido a reuni�o de l�deres marcada para a tarde de ontem. N�o apenas desmarcou como antecipou para hoje a sess�o do Congresso prevista originalmente para 20 de maio. “A reuni�o de hoje (ontem) seria redundante, porque acabaria na convoca��o de uma sess�o do Congresso – que eu resolvi fazer diretamente. Evidente que eu n�o precisava combinar isso com os l�deres”, declarou Renan.

Humberto Costa, por exemplo, s� ficou sabendo do cancelamento da reuni�o ap�s deixar o Pal�cio do Planalto, onde participou de encontro dos l�deres da base com o ministro de Rela��es Institucionais, Ricardo Berzoini. Presente � solenidade de an�ncio de R$ 2,8 bilh�es para obras de saneamento, o l�der do PMDB no Senado, Eun�cio Oliveira (CE), n�o apenas anunciava o cancelamento da reuni�o da tarde como dizia que, caso Renan optasse por uma CPI mista, ele tamb�m indicaria os nomes do bloco que lidera.

Pessoas pr�ximas a Renan afirmam que o presidente do Senado pautou a decis�o no equil�brio t�nue entre os interesses do governo e da oposi��o. “N�o podemos desconsiderar o fato de que A�cio Neves (PSDB-MG) est� crescendo nas pesquisas”, lembrou um senador aliado do peemedebista, referindo-se ao colega de parlamento e presidenci�vel pelo PSDB.

O PT, contudo, luta para que a CPI seja restrita ao Senado. O partido criticou tamb�m o fato de a oposi��o ter ido ao Supremo Tribunal Federal (STF) defender o direito de uma CPI exclusiva da Petrobras, e agora que o Senado est� �s v�speras de instal�-la, se recusar a indicar o nome dos integrantes. “N�o h� interesse em investiga��o. H� vontade de fazer onda, marola, desgastar o governo, faz�-lo sangrar, para depois tentar ganhar as elei��es”, acusou Costa.

Transpar�ncia O senador A�cio Neves (MG) negou que haja quaisquer interesses em fazer pr�-julgamentos no caso da Petrobras. “Uma CPI n�o prejulga, muito menos pr�-condena quem quer que seja. � a oportunidade que a sociedade brasileira vai ter para saber efetivamente de que forma a maior empresa brasileira, a Petrobras, vem sendo governada”, disse o tucano, que defende a CPI mista. “� justo que o Senado e a C�mara participem da investiga��o.”

Enquanto o Congresso luta para chegar a um consenso sobre a CPI da Petrobras, o Estado de Minas apurou que n�o ser� nesta semana que o plen�rio do Supremo Tribunal Federal analisar� o recurso apresentado pelo presidente do Senado contra a liminar da ministra Rosa Weber que determinou que a comiss�o investigue exclusivamente irregularidades na Petrobras. Procurada pela reportagem, Rosa Weber disse que ainda n�o apreciou o agravo.

Colaborou Grasielle Castro


PT escolhe Chinaglia para Mesa

A bancada do PT na C�mara decidiu na noite de ontem indicar o nome do l�der do governo Arlindo Chinaglia (PT-SP) � primeira vice-presid�ncia da Casa, na vaga deixada pelo deputado licenciado Andr� Vargas (sem partido-PR) na Mesa Diretora. Os integrantes da bancada do partido se reuniram ontem para discutir a indica��o e, no in�cio da noite, iniciaram o processo de vota��o para a escolha do nome.

Chinaglia recebeu 44 votos favor�veis ao seu nome e o deputado Luiz S�rgio (PT-RJ), 38. O deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que tamb�m concorria ao cargo, retirou sua candidatura mais cedo em favor de Chinaglia. O plen�rio da C�mara ainda ter� que aprovar a indica��o do PT, em vota��o prevista para ocorrer hoje.

O Pal�cio do Planalto entrou ontem nas articula��es para eleger Chinagliapara ocupar o lugar do ex-petista. Durante todo o dia, o ministro das Rela��es Institucionais, Ricardo Berzoini, manteve contato com os petistas em busca de uma solu��o.

A ideia era, com o apoio a Chinaglia, desbancar da disputa parlamentares que integravam o mesmo grupo de Vargas, como Luiz S�rgio (RJ) e Jos� Guimar�es (CE). A disputa estava acirrada porque o escolhido, segundo petistas, tende a ser o candidato natural � Presid�ncia da C�mara em 2015.

Com respaldo do Planalto, Chinaglia buscou ontem apoio dos correligion�rios e do grupo mais pr�ximo a ele para tentar impedir que aliados de Vargas ocupassem o posto.

Antes da vota��o, o petista estava cauteloso: "� verdade que tenho apoio, mas tenho que tomar cuidado", disse, numa refer�ncia ao fato de que, num passado recente, foi um dos principais articuladores de uma alian�a dentro do partido que levou � derrota de seu grupo justamente pelo grupo que acabou elegendo Vargas.


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