Porto Alegre, 17 - O secret�rio-geral da Presid�ncia da Rep�blica, ministro Gilberto Carvalho, disse que � "fundamental" que o PT e sua milit�ncia se engajem na luta pela reforma pol�tica, durante palestra para 50 participantes do F�rum Regional Ideias para o Brasil, da Funda��o Perseu Abramo, neste s�bado, em Porto Alegre (RS). "Uma das medidas dela (da reforma pol�tica) � de salva��o de nosso partido, que � o fim do financiamento privado empresarial de campanha e a introdu��o da lista coletiva", destacou. "N�o vejo sa�da para nosso partido se n�o conseguirmos reverter esse processo", prosseguiu, referindo-se � manuten��o do sistema atual, com doa��es privadas e voto nominal para o parlamento.
"Esse processo � t�o importante que a (presidente) Dilma (Rousseff) disse aos jovens, esses dias, em Bras�lia, que para realiz�-lo temos de fazer um processo semelhante ao das diretas", relatou, comparando a necessidade de mobiliza��o popular pela reforma como a que houve em 1984 pela elei��o � presid�ncia da Rep�blica. Prevendo que "a resist�ncia ser� tremenda", justificou sua posi��o ao afirmar que "t�o forte quanto a resist�ncia � quest�o da democratiza��o dos meios de comunica��o � a (resist�ncia �) reforma de um sistema que, se sabe, tem consci�ncia do poder que tem e do risco que tem em abrir m�o desse crit�rio econ�mico para a elei��o".
Ao analisar a trajet�ria do PT no governo, Carvalho reconheceu que o partido e os movimentos sociais foram se adaptando ao aparelho do Estado. "� verdade que inoculamos o novo no velho, mas o velho tamb�m se inoculou dentro de n�s de maneira dur�ssima, cada vez mais percept�vel e mais presente", afirmou, apontando o "verticalismo e o distanciamento" como tra�os adquiridos no poder. "E junto com isso, dentro da l�gica do aparelho, a elei��o financiada, pelos custos que ela demanda, funcionou infelizmente como terr�vel elemento de indu��o progressiva � corrup��o".
Para Carvalho, o PT est� diante da necessidade de romper com o "ar condicionado" e passar a conviver com os novos movimentos populares para n�o abrir m�o de seu papel hist�rico. "Temos de romper com a paralisia retomando o velho e bom m�todo da conviv�ncia na luta e reflex�o nessa luta", prop�s.