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Estado de Minas

Com Haddad em baixa, PT recorre a Marta


postado em 18/05/2014 09:19

S�o Paulo, 18 - Preterida pelo PT nas �ltimas elei��es para a Prefeitura de S�o Paulo e o governo do Estado, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, est� de volta ao centro da disputa eleitoral.

Com o prefeito Fernando Haddad amargando baixos �ndices de popularidade e a pr�-candidatura de Alexandre Padilha ao governo do Estado ainda longe de decolar, Marta � hoje a principal figura do partido no maior col�gio eleitoral do Brasil, depois, claro, do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.

"Marta vai ter um papel muito importante na campanha. Neste momento ela � a lideran�a com mais prest�gio que temos na capital", afirma o presidente estadual do PT, Em�dio de Souza.

Ao contr�rio de outras elei��es, como a de Haddad em 2012 - quando ela s� embarcou na reta final -, Marta j� est� integrada ao n�cleo central das pr�-campanhas de Padilha e da presidente Dilma Rousseff em S�o Paulo.

Cerca de duas semanas atr�s Marta participou de uma reuni�o com o presidente nacional do PT, Rui Falc�o, com Em�dio de Souza e com o futuro tesoureiro da campanha de Dilma, Edinho Silva, para definir sua participa��o.

� pouco prov�vel que Marta acumule formalmente a coordena��o da campanha de Dilma em S�o Paulo com o Minist�rio da Cultura, mas seu papel ser� central.

A agenda da ministra mostra que ela tem dividido seu tempo entre Bras�lia, viagens internacionais e a cidade que governou entre 2001 e 2004. Em mar�o e abril e nos primeiros 15 dias de maio ela esteve 23 dias cumprindo compromissos oficiais em S�o Paulo.

"Marta j� tem participado com a experi�ncia dela de ex-prefeita. Em rela��o ao transporte p�blico, por exemplo, nossa proposta de ter um bilhete integrado na regi�o metropolitana � baseada na experi�ncia do Bilhete �nico implantado em S�o Paulo", afirma Padilha.

No PT a fase atual da ministra � vista como uma esp�cie de retorno de Marta � primeira divis�o da pol�tica nacional ap�s um per�odo de baixa - foi derrotada por Jos� Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (PSD) em elei��es municipais, e depois, por decis�o de Lula, perdeu as disputas internas com Aloizio Mercadante, para a disputa pelo governo paulista em 2010, e Haddad, na elei��o para a prefeitura em 2012.

Com isso, viu seu grupo pol�tico evaporar.

Nos �ltimos meses, Marta se reaproximou de antigos colaboradores dos quais havia se afastado, como o presidente da C�mara Municipal de S�o Paulo, Jos� Am�rico. Mas, ao contr�rio de quando comandou a cidade, evita cercar-se de um novo grupo pol�tico.

Outro fator que pesou na reabilita��o pol�tica da ministra foi a performance � frente da pasta da Cultura. Em menos de dois anos ela reduziu o contencioso com setores da classe art�stica criado na gest�o da antecessora, Ana de Hollanda, e imprimiu suas pr�prias marcas como o Vale Cultura, o Sistema �nico de Cultura, os Pontos de Cultura e os CEUs das Artes.

'Volta, Lula'.

Ironicamente, a volta por cima tamb�m acontece pelas m�os de Lula. Nos �ltimos meses Marta se tornou uma das l�deres do movimento "volta, Lula". Ela chegou a realizar tr�s jantares com artistas, empres�rios e lideran�as petistas para propor uma "reflex�o" sobre a viabilidade de o ex-presidente substituir Dilma na disputa presidencial deste ano.

Participaram dos jantares o empres�rio Joesley Batista, dono da Friboi, o produtor de cinema Luiz Carlos Barreto, o Barret�o, a atriz Bruna Lombardi e o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci.

O "volta, Lula" foi enterrado pelo pr�prio ex-presidente no 14.� Encontro Nacional do PT, realizado no dia 2 de maio, no audit�rio do Anhembi, em S�o Paulo, mas petistas pr�ximos a Lula dizem que as iniciativas agradaram ao ex-presidente.

"Se Lula n�o tivesse gostado, n�o teria voltado nos outros jantares", disse um interlocutor do ex-presidente.

Por outro lado, pessoas pr�ximas a Dilma dizem que o envolvimento com o "volta, Lula" desgastou a ministra com a presidente, menos pela proposta em si e mais pelo fato de Marta ter agido enquanto ainda est� no minist�rio. Entre os cr�ticos da ministra est� Mercadante, um dos auxiliares mais pr�ximos de Dilma, que a interlocutores classificou a atua��o de Marta como um "tiro no p�".

Quem viu a rea��o da presidente ao encontrar Marta no evento do PT, dia 2, n�o percebeu, por�m, nenhum clima de mal-estar. Marta aguardou a chegada da presidente plantada na porta, e recebeu um abra�o de Dilma antes de ambas posarem para o fot�grafo oficial do evento. Depois de Lula e da presidente, Marta foi a mais aplaudida pelos milhares de petistas que lotaram o Anhembi.

Naquele mesmo dia ela conversou com o presidente municipal do PT, Paulo Fiorillo, e o vereador Antonio Donato, e se colocou � disposi��o do partido para cumprir agendas de campanha para Dilma e Padilha na cidade.

Orientada por Lula, a ministra prepara encontros da presidente com artistas e representantes da elite paulistana. O objetivo � reduzir a resist�ncia de setores do empresariado a Dilma.


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