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Estado de Minas

Depoimento do ex-diretor da Petrobras n�o atrai senadores da oposi��o e sess�o fica vazia

Depoimento de Nestor Cerver� atraiu apenas tr�s dos 13 senadores. Todos da base aliada do governo federal


postado em 23/05/2014 06:00 / atualizado em 23/05/2014 08:30

Bras�lia – Autor de um relat�rio criticado publicamente pela presidente Dilma Rousseff, o ex-diretor da �rea internacional da Petrobras Nestor Cerver� prestou depoimento no Senado ontem, ao longo de quase tr�s horas, a uma Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) esvaziada. Dos 13 integrantes do colegiado criado para investigar den�ncias contra a estatal do petr�leo, apenas tr�s senadores, todos da base aliada, compareceram � audi�ncia convocada para sabatinar o respons�vel pela opera��o de compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).

Em mar�o, a Presid�ncia da Rep�blica divulgou nota oficial na qual afirmava que a compra da refinaria norte-americana foi realizada com base em documento “t�cnica e juridicamente falho” porque omitia duas cl�usulas que, se conhecidas, “seguramente” n�o seriam aprovadas pelos conselheiros da Petrobras. � �poca em que foi discutida a transa��o, a presente Dilma Rousseff ocupava a chefia da Casa Civil do governo Lula e comandava o conselho de administra��o da estatal.
Agendada para as 10h15, a sess�o da CPI come�ou pontualmente. Cerver�, no entanto, passou os primeiros 15 minutos da audi�ncia prestando esclarecimentos somente para o presidente da comiss�o, senador Vital do R�go (PMDB-PB), e para o relator, senador Jos� Pimentel (PT-PE). Integrante da base governista, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) foi a �nica parlamentar que n�o comp�e a mesa diretora da CPI que compareceu ao depoimento. Ela chegou atrasada � audi�ncia. Com exce��o dos tr�s senadores, apenas assessores e jornalistas ocupavam as cadeiras do plen�rio.

Boicote

Donos das maiores bancadas do Senado, PMDB e PT dividem os principais assentos da CPI e comandam a condu��o dos trabalhos. Em raz�o da maioria expressiva de governistas no colegiado, a oposi��o decidiu boicotar a comiss�o. Os oposicionistas defendem a instala��o de uma CPI mista, composta por deputados e senadores, para apurar as suspeitas contra a Petrobras. Como os aliados da presidente Dilma Rousseff na C�mara costumam ser menos fi�is ao Pal�cio do Planalto do que os do Senado, a oposi��o acredita que poder� aprofundar as investiga��es.

O ex-diretor Cerver� repetiu o que disse na C�mara dos Deputados no m�s passado e negou que tenha tido a inten��o de “enganar” a presidente Dilma Rousseff. Nestor Cerver� admitiu que era o respons�vel pelo resumo executivo que serviu de base para o Conselho de Administra��o aprovar a compra da planta norte-americana. Uma das cl�usulas foi a Put Option, que determinava que, em caso de desacordo entre os s�cios, a outra parte seria obrigada a adquirir o restante das a��es. A segunda era a Marlim, que garantia � empresa belga Astra Oil, s�cia da Petrobras no neg�cio, um lucro de 6,9% ao ano.


O executivo confirmou que as duas cl�usulas n�o constavam no resumo porque se tratava de “detalhes contratuais”. Para Cerver�, ainda que o conselho tivesse tido conhecimento da Put Option e da Marlim, a negocia��o seria “certamente” aprovada. “� um detalhe que a gente n�o coloca num resumo porque sen�o deixaria de ser um resumo e passaria ser o contrato. N�o foram colocadas porque n�o tem interfer�ncia nos crit�rios para aprova��o do conselho”, alegou. Questionado sobre quem seria o “respons�vel” pela compra da planta de refino, Cerver� respondeu: “todos n�s”. Ele repetiu que a decis�o foi colegiada e aprovada sem “nenhum tipo de ressalva”.

Carro

Durante o depoimento, o relator Jos� Pimentel fez perguntas em bloco sobre a compra da refinaria de Pasadena, efetuada quando Cerver� chefiava a �rea internacional da petroleira. N�o houve r�plica �s respostas do ex-diretor. Indagado sobre as condi��es f�sicas da refinaria, o antigo dirigente da petroleira classificou a planta de Pasadena como um “carro velho” que foi modernizado. Ele ressaltou, entretanto, que h� 40 anos n�o s�o constru�das refinarias nos Estados Unidos, entre outros motivos, devido � dificuldade de se obter licen�as ambientais para esse segmento. 

 


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