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Estado de Minas

CPI da Petrobras ouve nesta ter�a-feira ex-diretor da empresa

A defesa de Paulo Roberto Costa confirmou que ele vai comparecer � CPI


postado em 09/06/2014 20:19 / atualizado em 09/06/2014 20:34

Sem a presen�a dos oposicionistas, a CPI da Petrobras do Senado vai ouvir nesta ter�a-feira o ex-diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, que ficou quase dois meses preso durante as investiga��es da Opera��o Lava Jato, da Pol�cia Federal. Tido nos bastidores do Congresso como o "homem bomba", que chegou � Petrobras com o apoio do PP e se manteve com o respaldo de parlamentares do PMDB e do PT, Costa tem dado sinais de que n�o vai se furtar a responder a todos os questionamentos.

No final da tarde desta segunda-feira, a defesa do ex-diretor da Petrobras confirmou que ele vai comparecer � CPI. "Ele vai responder �s perguntas que forem feitas. N�o tem nada de extraordin�rio", disse o advogado de Costa, N�lio Machado. "Ele vai dizer o que sabe". At� o in�cio da noite, o defensor tampouco havia entrado com um pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir o direito do cliente, se necess�rio, permanecer calado diante de quaisquer perguntas. Investigados em inqu�ritos e r�us em a��es penais, como � o caso do ex-diretor, t�m esse direito assegurado pela Constitui��o.

Costa ficou 59 dias preso sob suspeita de destruir documentos que poderiam esclarecer sua participa��o no suposto esquema de lavagem de dinheiro e evas�o de divisas, desbaratado pela opera��o da PF. H� tr�s semanas, numa controvertida decis�o, o ministro do Supremo Teori Zavascki concedeu uma liminar liberando apenas o ex-diretor da estatal da cadeia. Outros 11 presos, inclusive o doleiro Alberto Youssef, apontado como suposto repassador de recursos a parlamentares, permanecem na cadeia.

O ex-diretor tamb�m foi escolhido para ser o representante da estatal no Conselho de Propriet�rios na refinaria de Pasadena, comit� cuja exist�ncia era desconhecida da atual presidente da Petrobras, Maria das Gra�as Foster. Al�m disso, em nota, a presidente Dilma Rousseff disse que n�o fecharia a compra de metade da refinaria em 2006 porque se baseou em um resumo incompleto na �poca em que comandava o Conselho de Administra��o da Petrobras. Costa tamb�m � r�u na Justi�a sob a acusa��o de desvio de recursos nas obras de constru��o da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco.

Mesmo com a possibilidade de o ex-diretor falar, a oposi��o n�o vai comparecer para participar do depoimento. Dos 13 integrantes titulares da comiss�o, 10 s�o da base aliada. Desde o in�cio dos trabalhos, a oposi��o tem boicotado os trabalhos da CPI exclusiva do Senado sob a alega��o de total controle dos aliados. Eles apostam as fichas na CPI mista da Petrobras, que tem a participa��o de deputados federais da base, menos alinhados com o governo Dilma, para avan�ar nas investiga��es.

"N�o vamos � CPI para question�-lo. Temos que aguardar a vinda dele para a CPI mista. Se formos l� faremos o jogo do esvaziamento que o governo quer", afirmou o vice-l�der do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR). "Ningu�m vai. Esta CPI do Senado � de cartas marcadas, os depoimentos s�o combinados e as perguntas e respostas acertadas previamente", criticou o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN). Ambos disseram que v�o aguardar o depoimento de Paulo Roberto Costa na CPI mista, sem data ainda definida, para question�-lo.

Para mostrar que n�o far� jogo de cena com Costa, a assessoria t�cnica da comiss�o preparou 150 perguntas para serem feitas pelo relator, Jos� Pimentel (PT-CE), ao ex-diretor da estatal. A avalia��o dos t�cnicos � de que o "calcanhar de Aquiles" de Costa seria o patrim�nio que amealhou sozinho, ou por interm�dio de parentes, no per�odo em que esteve na Petrobras. Ele n�o teria como comprovar que somente com o sal�rio e outras vantagens da estatal teria condi��es de ter um patrim�nio familiar estimado em R$ 10 milh�es.

O presidente da CPI, Vital do R�go (PMDB-PB), afirmou que Costa � uma "pe�a importante" na investiga��o, uma vez que na sua diretoria estavam contratos importantes da Petrobras. Vital rebateu as cr�ticas da oposi��o de que a CPI exclusiva tem por objetivo blindar o governo, ao contr�rio da comiss�o mista, tamb�m presidida por ele. "Ela (a CPI do Senado) � igual � outra, a condu��o � a mesma e feita de forma respeitosa para poder ter o melhor resultado", afirmou. "Se a oposi��o n�o quer participar, ela vai ter explica��es para dar � sociedade", completou.


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